Em resposta à matéria publicada nesta quarta-feira (13) pelo Regional Press sobre a saúde pública de Araçatuba, a Prefeitura admitiu que faltam seis médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo quatro do então Programa Mais Médicos, do governo federal, e dois que deverão ser contratados pela nova gestora da Atenção Básica, a Organização Social de Saúde Mahatma Gandhi.
Segundo nota encaminhada pela assessoria de imprensa do município, as unidades que aguardam a contratação de médicos são a do Iporã, Umuarama, Centro, Dona Amélia, TV e Morada dos Nobres.
A reportagem do Regional Press e do Araçatuba Facts mostrou as dificuldades em conseguir agendamento nas UBSs por falta de profissionais. Passando-se por pacientes, os repórteres ouviram dos funcionários que as UBSs do Dona Amélia, TV, Umuarama e Iporã não estão marcando consultas porque faltam médicos e a agenda está lotada até janeiro do ano que vem.
Conforme o município, as UBSs são compostas por 45 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo que cada uma delas é composta por um médico clínico que atua 40 horas semanais. Destes 45, 23 foram contratados pelo Programa Mais Médicos, do governo federal, mas 4 profissionais desistiram.
Estas quatro vagas, segundo o município, estão em processo de aditamento de contrato para a Organização Social de Saúde Mahatma Gandhi iniciar a contratação.
Os outros 22 médicos que fazem parte da Atenção Básica também deverão cumprir 40 horas semanais e, destes 22, 20 foram contratados pela nova gestora dos serviços, segundo a Prefeitura. “Faltam dois que já estão contratados com data de início prevista para três de dezembro”, informou a Secretaria Municipal de Saúde.
“Atualmente, duas unidades aguardam o início destes dois médicos, a UBS Morada dos Nobres e a Dona Amélia. Já as unidades do TV, Umuarama, Centro e Iporã só estarão com equipe completa de médicos após aprovação do aditamento de contrato que permitirá à OSS Mahatma Gandhi contratar os quatro médicos que desistiram da vaga do Programa Mais Médicos”, explica a nota enviada pela assessoria de imprensa.
Ainda segundo a assessoria, a coordenadora médica da OSS, Pâmela Mendes, está atuando em regime de cobertura de demanda nos contraturnos das unidades que não possuem o quadro completo de médicos. “Esse revezamento tem a finalidade de evitar que a população não seja desassistida”.
CORREGEDORIA
A Prefeitura informou, ainda, que usuários da Unidade Básica do Dona Amélia já haviam registrado reclamações na Secretaria Municipal de Saúde e na Ouvidoria a respeito da suspensão do agendamento de consultas.
“Por equívoco ou má-fé, duas servidores públicas municipais já identificadas teriam passado informações inverídicas sobre agendamento e serão ouvidas pela Corregedoria”, informou a assessoria de imprensa.
Sobre a suspensão de agendamento em outras unidades básicas de saúde, a Prefeitura não se manifestou.