O maior e mais moderno Complexo Esportivo Equestre da América Latina, localizado dentro do recinto de exposições Clibas de Almeida Prado, em Araçatuba, passou a ser frequentado nesta semana por praticantes de equoterapia.
A ação é uma parceria entre o Siran (Sindicato Rural da Alta Noroeste) e a empresa HSC Equoterapia, dos fisioterapeutas Carolina Vicentini Verdi e Henrique Sartori Coutinho, que está atendendo aproximadamente 70 pessoas.
A equoterapia utiliza cavalos como meio terapêutico para aumentar o equilíbrio, a força muscular e o desenvolvimento intelectual e psicológico de pacientes, com indicação médica.
“As atividades são realizadas de forma lúdica, integrando natureza e brinquedos educativos para melhorar o desenvolvimento do potencial cognitivo e motor dos praticantes. Assim, a equoterapia oferece mais qualidade de vida e ajuda na interação social dos praticantes”, explica Carolina.
“É um orgulho para nós do Siran podermos contribuir de alguma forma com este trabalho. Temos compromisso de apoiar ações e projetos ambientais e sociais que tragam benefícios, não só a Araçatuba, mas a toda a região”, afirma o presidente do sindicato, Fábio Brancato.
Cerca de 95% do público da HSC Equoterapia Araçatuba é de pessoas com alguma deficiência, mas a terapia não é direcionada apenas a elas, como afirma Coutinho.
“Uma criança que tem hiperatividade também pode ser atendida, desde que seja com o profissional correto. Dessa maneira, uma criança que tem a dislexia, por exemplo, deve ser acompanhada por um psicólogo e um pedagogo. O adulto que tem uma disfunção motora ou problema neurológico terá o acompanhamento de um fisioterapeuta”.
BENEFÍCIOS
São inúmeros os benefícios para a pessoa que está sobre o cavalo, além dos ganhos motores, psíquicos, sensitivos e sociais. “O cavalo produz para a pessoa que está sobre ele o que chamamos de movimento tridimensional, e esse movimento desloca o praticante em alguns eixos”, esclarece a fisioterapeuta Carolina.
A sessão varia de 30 a 40 minutos, sendo que, sobre o animal, são apenas 30 minutos, e restante é dividido entre o início e o final da atividade, para fazer interação e despedida com o praticante.
O movimento tridimensional é definido como o deslocamento anteroposterior, laterolateral, superoinferior e rotação pélvica. Esses movimentos fazem com que o praticante tenha todos os ganhos necessários. Coutinho exemplifica:
“Uma criança hipertônica relaxa, porque o cavalo transmite movimentos que trazem a adequação do tônus muscular. É o movimento que desloca o paciente a todo o momento trabalha a força muscular, obtendo mais um ganho”.
“É importante lembrar que essa terapia também trabalha o equilíbrio do praticante, pois o cavalo está em desequilíbrio constante, ele perde e retoma a estabilidade e nesse perder e retomar, quem está sobre ele apenas ganha”, finaliza Carolina.