A crise no PSL (Partido Social Liberal) deverá provocar mudanças na legenda em Araçatuba, que está sem um diretório constituído desde que a presidência estadual destituiu a comissão provisória municipal, em julho deste ano.
No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda consta que o PSL em Araçatuba foi inativo por decisão do partido, no entanto, com a possibilidade de o deputado federal Júnior Bozella, ligado ao presidente nacional, Luciano Bivar, assumir o diretório paulista, a chance do vereador Denilson Pichitelli presidir a sigla em Araçatuba aumenta.
Pichitelli apoiou Bozella nas eleições de 2018 para a Câmara Federal e já se encontrou várias vezes com o parlamentar. “Tenho um bom relacionamento com ele e sabemos que ele deverá assumir o partido no Estado de São Paulo”, afirmou o vereador.
O partido vem sendo disputado em Araçatuba por, pelo menos, quatro grupos. Um deles é justamente o de Pichitelli, que registrou um cadastro provisório para o diretório municipal, em que ele passaria a ser o presidente do partido.
Na vice-presidência ficaria o ex-comandante do 20º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Araçatuba, capitão Kerlis Ribeiro de Camargo e na secretaria-geral, o advogado Cleiton Manaia. Os outros nomes que passariam a compor o diretório municipal do PSL são Fábio Blaya (primeiro secretário), Aguinaldo Mendes (tesoureiro geral), Evandro Everson dos Santos (primeiro tesoureiro), além de Andrea Pozena, Cristiano Silva e Rogério Ferreira Pinto, como membros.
Caso o grupo de Bozella assuma o partido em São Paulo, é quase certa a condução do grupo de Pichitelli para o comando do diretório municipal do partido.
Com isso, o PSL local terá a oportunidade de escolher quem irá apoiar nas eleições municipais do ano que vem. É provável que a sigla não tenha candidato próprio a prefeito, por isso, o partido deverá apoiar um nome com quem tenha afinidade para uma eventual coligação.
A crise no PSL resultou na destituição dos filhos do presidente Jair Bolsonaro da presidência dos diretórios estaduais do partido. No caso, Eduardo Bolsonaro, que presidia a legenda em São Paulo, e Flávio Bolsonaro, no Rio de Janeiro.
Desde que assumiu a presidência do diretório paulista, Eduardo Bolsonaro destituiu comissões provisórias da sigla, tornando o partido inativo em vários municípios de São Paulo.
Nesta quinta-feira (17), a então líder do governo na Câmara dos Deputados, Joice Hasselman, foi destituída do cargo, dando lugar ao delegado Waldir para a liderança na Câmara dos Deputados. A crise envolveu ainda vazamento de áudios, inconfidências da ex-líder na Câmara Federal e declarações acaloradas na imprensa nacional.