Um empresário de Lins foi vítima de um golpe praticado por pelo menos três estelionatários que se passaram por agentes da Receita Federal.
A vítima pagou R$ 84 mil aos golpistas pela compra de dezenas de pneus supostamente apreendidos pelo órgão federal. O pagamento foi feito, nesta quinta-feira (17), em Araçatuba. Ao descobrir que havia caído no golpe, a vítima procurou a polícia e registrou o boletim de ocorrência.
O golpe começou a ser colocado em prática quando a vítima recebeu a visita de um homem com uniforme da Receita Federal, em Lins.
O golpista se apresentou como agente púbico e disse que tinha uma carga pneus novos para vender com preço bem abaixo do mercado e que a mercadoria seria fruto de apreensões feitas pelo órgão. A negociação envolveria cerca de 60 pneus de caminhão e 250 pneus de carro.
O empresário se interessou pela compra e ficou marcado para que a negociação fosse concretizada hoje, em Araçatuba. A vítima foi levada até uma concessionária da cidade, que também figura como vítima no caso. Os golpistas teriam usado a recepção da empresa para dar conotação de veracidade ao crime.
Já na concessionária, a vítima foi apresentada a outros dois golpistas. Um deles, de terno e gravata, se apresentou como ‘desembargador’ federal, sem fornecer mais detalhes. Ele seria o responsável pela efetivação do negócio.
Uma mulher se passou por recepcionista e chegou a oferecer água para a vítima. Os estelionatários disseram que os pneus estavam armazenados na concessionária e que após a efetivação do pagamento, a vítima poderia retirá-los.
Os estelionatários apresentaram documentos fiscais falsos com o timbre da Receita Federal e pediram para que a vítima fizesse o pagamento em espécie, o que foi feito em um bar no bairro Vila Mendonça. O golpista que se passou por ‘desembargador’ recebeu o dinheiro.
A vítima, que já estava com o caminhão para carregar os pneus, descobriu o golpe ao tentar retirar a mercadoria que nunca existiu.
A Polícia Civil tenta identificar os golpistas. A Receita Federal alerta que não existe qualquer modalidade de compra isolada de mercadorias apreendidas pelo órgão. Quando ocorre, a prática é feita por meio de leilões.