Celso Borges de Souza foi condenado nesta quarta-feira, pelo Tribunal do Juri de Araçatuba, a uma pena de oito anos de reclusão, sendo sete pela tentativa de feminicídio contra sua então cunhada, Adriana dos Santos, e mais um ano por posse ilegal de arma.
O promotor Adelmo Pinho explicou que o juiz Danilo Brait concedeu regime semi-aberto, tendo em vista que o réu já cumpriu quase três anos da pena em regime fechado. Pinho não vai recorrer da sentença. O advogado defesa foi Benedito Dantas. O julgamento durou cerca de oito horas.
O crime
O crime aconteceu por volta das 22h do dia 21 de agosto de 2016. Adriana e sua irmã estavam sentadas na frente da casa de Luana quando o réu chegou de carro no local. Ao encontrar a cunhada em frente à residência, Celso gritou com sua companheira, obrigando-a a entrar no imóvel, o que não aconteceu.
Ao ver a recusa de Luana, o denunciado saiu do local e foi buscar sua arma retornando para a residência. De volta ao local, Celso gritou novamente com Luana para que ela entrasse na casa, e ela recusou novamente. Quando teve a segunda reposta negativa, o réu sacou sua arma e atirou no chão, fazendo com que ela corresse para dentro da residência.
Após o primeiro disparo, Celso apontou a arma em direção de Adriana, que apoiava o término do relacionamento entre Luana e o denunciante, e apertou o gatilho mais duas vezes. Os disparos atingiram o rosto da vítima em áreas próximas a boca e causou um ferimento no punho.
Ao ver a cunhada no chão, o réu apontou sua arma em direção a cabeça de Adriana para consumar o ato, que foi impedido pela namorada da vítima, Karina da Silva, que chutou a mão de Celso, fazendo com que o tiro atingisse a parede da residência.
Com o chute, a arma caiu no chão. Celso pegou o revolver novamente e tentou atirar mais uma vez em Adriana, que estava caída. O novo disparo não foi efetuado pois as munições haviam acabado, fazendo com que o réu fugisse do local, segundo a denúncia do Ministério Público.
Antes da tentativa de feminicídio, Celso já tinha agredido sua cunhada há cerca de um mês. (Com informações: Folha da Região)