A Vigilância Epidemiológica de Araçatuba confirmou mais dois casos de sarampo no município. Com as novas confirmações, a cidade passa a ter quatro casos da doença, sendo um importado.
O primeiro paciente com a doença foi uma mulher de 18 anos, moradora no bairro Icaraí. Os outros dois são um homem de 29 anos, que reside no parque Industrial, e um garoto de 12 anos, residente no Bairro Atlântico. Ambos eram vacinados contra o sarampo.
No dia dois de agosto, A Vigilância Epidemiológica confirmou um caso importado, de um rapaz de 20 anos, natural de Santos, que visitou familiares em Araçatuba nas férias de julho.
Os casos de sarampo na cidade foram confirmados por meio de exames no Laboratório Adolfo Lutz. Após as confirmações da doença, a equipe da Atenção Básica foi acionada e fez o bloqueio nas imediações das residências dos doentes.
O bloqueio consiste em aplicar a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, em todos os moradores das proximidades, para evitar a propagação do vírus da doença. Mesmo os moradores que estavam com a vacina em dia tiveram de tomar uma nova dose.
SURTO
O sarampo é uma doença altamente contagiosa que estava erradicada no País, mas, desde o ano passado, casos voltaram a aparecer em algumas regiões. Inicialmente, o surto aconteceu nos estados de Amazonas e Roraima. Agora, foi a vez de São Paulo, que já registrou mais de 600 casos.
Na última semana, o Estado de São Paulo confirmou a primeira morte por sarampo desde 1997. A vítima é um homem de 42 anos, morador da zona leste de São Paulo, que não havia sido imunizado contra a doença. É o primeiro óbito no País por sarampo neste ano, segundo o Ministério da Saúde. Uma outra morte, ocorrida em Pernambuco, ainda está sob investigação.
QUEM DEVE TOMAR A VACINA?
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Araçatuba tem vacina em todas as Unidades Básicas de Saúde. Quem não tem certeza se já tomou a vacina, ou não tem a carteirinha vacinal, deve procurar uma unidade de Saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde orienta os pais e responsáveis a imunizar as crianças de seis meses a menores de um ano com a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola.
A estratégia foi definida com o Ministério da Saúde, para prevenir o público infantil, considerando a vulnerabilidade de casos graves e óbitos nessa faixa etária, que representa cerca de 13% do total de casos registrados no Estado de São Paulo.
A aplicação da chamada “dose zero” visa proteger as crianças e não será contabilizada no calendário nacional de vacinação da criança, ou seja, os pais ou responsáveis também deverão levar as crianças aos postos para receber a tríplice viral aos 12 meses e também aos 15 meses, para aplicação do reforço com a tetraviral, que protege também contra a varicela.
Após a aplicação da “dose zero”, é preciso aguardar pelo menos 30 dias para aplicação da tríplice aos 12 meses, como prevê o calendário.
Crianças com 1 ano: devem tomar a 1ª dose regular;
Crianças com 1 ano e 3 meses: devem tomar a 2ª dose regular;
Pessoas de 1 a 29 anos: devem ter tomado duas doses de vacina.
Adultos de 30 a 59 anos: devem ter tomado pelo menos uma dose.
SINTOMAS INCLUEM FEBRE, IRRITAÇÃO NOS OLHOS,
MANCHAS PELO CORPO E MAL-ESTAR
Os sintomas do sarampo são febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e mal-estar intenso. Logo depois, manchas avermelhadas começam a aparecer no rosto e progridem para os pés.
Se perceber algum dos sintomas, a pessoa deve utilizar máscara higiênica para proteção e evitar circular em locais de grande fluxo de pessoas. A vacina é a melhor forma de evitar a doença, que pode ser grave, especialmente se o paciente estiver debilitado.
O sarampo é uma doença potencialmente grave. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. Em casos de complicação da doença, pode deixar sequelas como otites, infecções respiratórias, doenças neurológicas, surdez, cegueira, retardo de crescimento e redução da capacidade mental.