A presidente da Câmara Municipal de Araçatuba, Tieza Lemos Marques (PSDB), disse que não seguirá o conselho do vereador Flávio Salatino (MDB), que sugeriu a ela que não indicasse um vereador do PSDB, partido do prefeito Dilador Borges, para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar contratos da Prefeitura com uma ONG (Organização Não Governamental) e empresas ligadas ao sindicalista José Avelino Pereira (PSB), o Chinelo.
“Claro que não (seguirei o conselho de Salatino). Penso diferente e ajo diferente. Uma coisa é sua vida partidária e outra coisa é o seu mandato de vereador”, declarou à Folha da Região.
Além disso, a vereadora também informou que não concorda com esse raciocínio e irá combatê-lo.
“Isso parte de um pensamento e tudo que a gente puder fazer par combater esse pensamento, nós vamos fazer”, completou.
O vereador Flávio Salatino disse, durante a sessão de segunda-feira (26), que seria de bom senso a presidente da Câmara não indicar um colega do PSDB, justamente por ser o partido do prefeito. Sua sugestão recebeu críticas do vereador Dr. Jaime (PTB) e reação de Dr. Almir (PSDB), que defendeu o seu nome dizendo ter experiência como contador e advogado.
A CPI foi proposta pelo vereador Arlindo Araújo (PPS), após a Operação #TudoNosso, deflagrada pela Polícia Federal, para investigar possíveis fraudes em contratos e desvios de recursos da Prefeitura de Araçatuba.
Até agora, já manifestaram interesse em compor a CPI os vereadores Denilson Pichitelli (PSL), Lucas Zanatta (PV), Flávio Salatino (MDB), Dr. Alceu (PV) e Carlinhos do Terceiro (SD). Os parlamentares têm 20 dias úteis para se manifestarem, contados a partir de segunda-feira (26). Este prazo, no entanto, pode ser prorrogado por mais 20 dias.
Depois disso, caberá à presidente da Casa indicar os nomes que deverão integrar a comissão, que tem prazo de 90 dias para concluir os trabalhos.