A Secretaria de Saúde de Guararapes (SP) realiza, a partir desta segunda-feira (5), a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose. Ações com o objetivo de alertar e auxiliar a população quanto aos cuidados para prevenir a doença serão realizados até sexta-feira (9).
Durante cinco dias, os agentes de saúde irão fazer panfletagem e coletar sangue dos animais nos bairros Industrial e Copacabana.
De acordo com a secretária Municipal de Saúde, a conscientização é a principal arma no combate à leishmaniose, que é causada por um protozoário, transmitido pelo mosquito palha que, ao picar um cachorro infectado e depois o humano, causa febre alta, fraqueza, emagrecimento e, em casos mais graves, pode levar ao óbito.
Os cães infectados podem apresentar fraqueza, sonolência, emagrecimento, feridas na pele, principalmente no focinho, perda de pelos, crescimento anormal das unhas, dentre outros sintomas.
O período de incubação da doença em seres humanos e nos cães é de dois meses a sete anos, portanto, os sintomas podem aparecer após esse período.
Leishmaniose na região
De acordo com um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde, em relação aos óbitos, a região de Araçatuba (SP) foi a que mais registrou mortes por leishmaniose em todo o estado de São Paulo neste ano.
Somente no município de Araçatuba, três mortes causadas por leishmaniose foram registradas. A primeira foi a de uma mulher, de 38 anos, moradora do bairro Umuarama, que não resistiu à doença e morreu no mês de fevereiro.
A segunda morte ocorreu no dia 22 de maio. A vítima é um homem de 74 anos, que morava no bairro Hilda Mandarino.
No dia 1º de julho, a doença fez a terceira vítima. Um homem de 49 anos, que estava internado na Santa Casa, não resistiu e morreu. Ele também morava no bairro Hilda Mandarino.
Em Guararapes, o primeiro caso positivo deste ano de leishmaniose visceral em humano foi confirmado no dia 13 de junho. O último caso da doença foi registrado há dois anos.
Prevenção
De acordo com a secretária Municipal de Saúde de Guararapes, o mosquito palha se reproduz em materiais em decomposição, como folhas de árvores, fezes de animais e restos de madeira, que são encontrados, em sua maioria e por descuido dos próprios moradores, nos quintais das residências.
Ele pica nas primeiras horas do dia ou do entardecer. Por isso, a recomendação é que evite que animais domésticos, principalmente os cães, fiquem em locais abertos nesses horários, impedindo assim o contágio e proliferação da doença. Além dos cães, outros animais também podem ser infectados, como gambás, ratos, gatos e macacos.
As recomendações são usar repelente, evitar os horários e ambientes onde esses insetos possam frequentar, utilização de mosquiteiros de tela fina, colocação de telas de proteção nas janelas, não acumular lixo orgânico nos quintais, mantendo sempre limpas áreas próximas às residências e os abrigos dos animais domésticos.
Como proteger os cães
Evitar levar o cão para passear após o pôr do sol, horário de maior atividade do transmissor, além de locais úmidos, de mata ou parques, colocar telas de malha fina no canil, manter o abrigo sempre limpo sem fezes ou resto de alimentos.