O detento Anderson Luís Lopes Leal, 30 anos, assassinado a tiros na tarde deste domingo no bairro Novo Umuarama, em Araçatuba, pode ter sido morto por uma rixa antiga que envolve homicídio e incêndio, conforme o boletim de ocorrência registrado após a prisão do acusado, Orlando Flores D`Ávilla.
De acordo com o boletim de ocorrência, os dois teriam uma rixa antiga, porque uma irmã de D`Ávilla na época perdeu uma filha bebê, e foi responsabilizada pela morte. A população estava ameaçando linchar a moça e posteriormente incendiaram a residência da família, no bairro Novo Umuarama.
No ponto de vista de Orlando, segundo a Polícia, Luís Leal seria o responsável pelo incêndio em sua casa. Na tarde deste domingo, Lopes, que havia sido beneficiado com a saidinha temporária do Dia dos Pais, estava na casa de parentes quando foi atacado a tiros, na rua Valparaíso. Ele foi alvejado por disparos de pistola calibre 380, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
D`Ávilla foi localizado no conjunto habitacional Porto Real 2 e levado ao plantão policial. A prisão foi feita por policiais militares da equipe A (Alfa), após diligências pela cidade.
Segundo a polícia, D’Avila conduzia uma moto Biz de cor azul quando efetuou seis disparos de uma pistola .380 contra o presidiário, que estava na casa de familiares. A vítima cumpria pena por homicídio e estava de tornozeleira eletrônica.
DESTINO DA TORNOZELEIRA
Lopes estava detido em Tremembé e usava uma tornezeleira eletrônica. Ontem o corpo passou pelo IML e foi encaminhado para uma funerária, que não sabia qual o destino e como faria para remover a tornozeleira.
A Polícia Civil em Araçatuba também se deparou pela primeira vez com um fato como este, e após consultar a administração do sistema penitenciário, autorizou a funerária a fazer a remoção do acessório de monitoramento e informou aos familiares que a tornozeleira e dois carregadores que os detentos levam durante a saidinha precisavam ser entregues na delegacia.