Após oscilar no início do pregão, o dólar passou a operar em alta nesta quarta-feira (28), em sessão marcada pela atuação do Banco Central, um dia depois de a autoridade monetária ter atuado no mercado com venda de dólar pela primeira vez desde 2009.
Às 9h54, a moeda norte-americana subia 0,75%, vendida a R$ 4,1888. Na mínima, chegou a R$ 4,1195, e máxima a R$ 4,1908.
Na véspera, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,5%, vendida a R$ 4,1575. Na máxima do pregão, chegou a ser vendida a R$ 4,1923, a maior cotação do ano durante os negócios, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dizer que a recente desvalorização da taxa de câmbio está dentro do padrão normal.
A fala foi entendida por analistas como um sinal de que o BC poderia não atuar de forma adicional para conter a depreciação do real. No entanto, a alta perdeu força após atuação do Banco Central para conter a valorização, com um leilão adicional de dólares à vista, com taxa de corte de R$ 4,1250.
O Banco Central não informou o valor de dólares vendidos no leilão extra do dia anterior. Segundo o BC, a última operação do tipo foi feita em 3 de fevereiro. Na prática, o leilão representou uma “queima de reservas”.
O BC anunciou para esta quarta-feira oferta de US$ 550 milhões em dólar à vista conjugada com swaps reverso e tradicional. Adicionalmente, disponibilizará até US$ 1,5 bilhão em linhas de dólares com compromisso de recompra, em operação que visa rolar parte dos US$ 3,8 bilhões que devem deixar o mercado no começo de setembro.