Um homem, de 34 anos, foi agredido por dois comerciantes – de 23 e 44 anos – durante o exercício do trabalho, em Presidente Prudente, nesta terça-feira (16). Ele está internado no Hospital Regional em estado “estável”. O caso foi registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil como lesão corporal.
A vítima trabalha para uma empresa terceirizada que presta serviços para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e sofreu lesões corporais ao realizar o corte de água em um imóvel na Avenida Ana Jacinta, na altura do Jardim Bela Vista.
Conforme informações da Polícia Militar ao G1, a vítima declarou que foi ao local realizar o corte de água, pois a conta estava em atraso. Porém, o proprietário do comércio queria pagar a conta ali, mas o trabalhador disse que não seria possível.
Neste momento, os comerciantes – que são pai e filho – agrediram a vítima fisicamente. O trabalhador desmaiou e foi socorrido ao Hospital Regional por uma Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros.
Ainda de acordo com informações do G1, ao ser socorrida, a vítima apresentava ferimentos na cabeça.
Versões
O rapaz, de 23 anos, em sua versão à Polícia Militar, declarou que o funcionário “não avisou” sobre o corte do fornecimento de água e afirmou que o pai havia pago as contas.
A vítima, então, foi até o registro de água e realizou o corte. O pai do rapaz foi questionar o funcionário e dizer que as contas estavam pagas.
Neste momento, o rapaz alega que o trabalhador “começou a agredir meu pai verbalmente com ofensas dizendo ‘caloteiro’”.
Então, teria começado uma troca de insultos, quando a vítima teria agredido o pai com um capacete. Porém, a vítima teria se desequilibrado e caído ao solo, “se machucando sozinho”.
Já o comerciante, de 44 anos, declarou que o funcionário fez o corte da minha água, sendo que as contas estavam pagas.
Conforme a versão do homem, ele foi questionar o trabalhador, que o teria ofendido verbalmente, chamando-o de “caloteiro” e tentado agredi-lo com um capacete. Neste momento, o comerciante alega que a vítima escorregou, caiu no chão e se machucou sozinho.
Notificações de corte
No registro feito na Delegacia da Polícia Civil consta que a PM foi acionada via Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e seguiu ao estabelecimento comercial, onde a vítima relatou que é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço à Sabesp e que foi ao local para realizar o corte do fornecimento de água do imóvel, pois haviam contas em atraso.
Ainda segundo o relato da vítima à PM, notificações sobre o corte já haviam sido enviadas ao proprietário do estabelecimento.
Ao chegar ao local, a vítima disse aos policiais que conversou com o dono e o informou sobre o corte do fornecimento de água, momento em que começou uma discussão.
A vítima relatou que fez o trabalho e quando ia embora do local, já na motocicleta da empresa, a discussão aumentou e os autores investiram contra ele, agredindo-o com socos e derrubando-o ao solo, fazendo com que batesse a cabeça na guia da calçada e lesionasse o rosto.
Segundo os policiais militares, a vítima estava consciente e os ferimentos, aparentemente, não eram graves.
De acordo com o BO da Polícia Civil, os autores relataram aos militares que a vítima chegou ao local dos fatos e informou que faria o corte do fornecimento de água. A dupla lhe disse que a conta havia sido paga e que ele não poderia cortar.
A vítima disse que no sistema não constava o pagamento e que ele tinha uma autorização para fazer o corte. Ele foi até o relógio de água e fez o trabalho.
Quando a vítima já estava na motocicleta para ir embora, os comerciantes foram novamente questioná-lo sobre o corte do fornecimento de água e uma discussão começou.
A dupla alega que a vítima agrediu um dos proprietários com um golpe com o capacete e este, “para se defender”, a empurrou. Neste momento, o funcionário caiu ao solo e se feriu.