Araçatuba faz parte, desde esta sexta-feira (26), do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia. O programa, que é financiado pela União Européia, faz parte de iniciativas internacionais sobre desenvolvimento urbano e mudanças climáticas como o Acordo de Paris.
Este programa foi lançado em 2014 pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moone e já tem 9 mil cidades signatárias em seis continentes. São mais de 120 países, representando mais de 800 milhões de pessoas ou quase 10% da população global. Até 2030, as cidades signatárias e governos locais do Pacto Global poderão coletivamente reduzir até 1,3 bilhão de toneladas de emissões de CO2 por ano do que o usual – semelhante às emissões de 276 milhões de carros retirados da estrada.
A adesão de Araçatuba nesta iniciativa foi assinada pelo prefeito Dilador Borges e pelo assessor executivo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Lucas Savério Proto. Agora, Araçatuba tem que cumprir uma série de metas voluntárias para diminuição da emissão do gás carbônico e, para isso, passa a adotar uma série de medidas. Entre elas, estão ações de educação ambiental para crianças e adultos e adoção de meios de compensação pela emissão de gás carbônico dos veículos e empresas locais.
De acordo com o prefeito Dilador Borges, as primeiras lições serão adotadas ‘em casa’. Ele adiantou que a frota municipal será avaliada em relação à emissão de gás carbônico.
“Vamos estudar meios para impactar menos. Já temos feito isso com o uso consciente dos carros. Os servidores estão sendo sempre orientados a usar menos papel, a se deslocar de forma mais consciente, para não ficarem com o carro indo e vindo. Melhor do que compensar, é emitir menos gases poluentes”, disse o prefeito.
Lucas Proto explicou que a administração terá três estratégias claras. A primeira será a ‘lição de casa’ citada pelo prefeito. A segunda será a ampliação dos trabalhos de educação ambiental que já ocorrem, como as palestras pra crianças, visitas ao Parque do Estado e ao Parque Ecológico Baguaçu (Peba).
“O terceiro, e mais importante para a dinâmica de melhoria da qualidade de vida na cidade é o plantio de árvores. Araçatuba tem feito um trabalho de recuperação de sua área verde, mas agora teremos um trabalho ainda mais intensificado”, destacou.
DÉFICIT
Segundo levantamento da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, em janeiro de 2017, havia uma deficiência de aproximadamente 40 mil árvores em Araçatuba. De lá para cá, por meio de programas de plantio, reflorestamento e da lei do habite-se, conseguiu-se chegar a um déficit de 27,5 mil plantas.
Desde 1º de dezembro de 2005, Araçatuba tem uma lei que obriga a população a plantar mudas em caso de reformas ou construção de imóveis. Mas, basta andar pelas ruas para perceber que a lei não está sendo cumprida integralmente e que, muitos habitantes, ilegalmente, fazem podas drásticas das plantas na frente de suas casas. Essa poda excessiva não deixa galhos e folhas e, normalmente, faz com que a planta morra. (Por: Folha da Região)