Regatar a memória de quem viveu no campo, mostrar como era a atividade rural e fomentar a curiosidade nos mais novos são os principais objetivos do Memorial do Fazendeiro, um espaço do Agro Siran, a parte rural da Exposição Agropecuária de Araçatuba (Expô). A visita ao espaço é aberta ao público que estiver dentro do recinto de exposições, das 14h às 22h, durante todos os dias da feira, que neste ano completa 60 anos de existência.
O diretor do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), Thomas Arias Neves Rocco, explica que haverá máquinas, documentos, fotos, entre outros objetos, que mostrarão como era a vida e o trabalho rural antigamente. “São mais de 80 itens expostos, que fazem parte do acervo do Siran e também da doação de pecuaristas e da prefeitura. Há objetos e documentos datados a partir da década de 1950”, diz Rocco.
Em 2018, na primeira edição do museu, o local recebeu até 600 visitantes por dia de evento, número que deve ser superado neste ano. “Por ser uma forma de entretenimento gratuito, a maioria dos visitantes acaba dando uma passadinha. No ano anterior, muitos se emocionavam ao relembrar sua infância, ou até mesmo, por estar conhecendo tantas coisas. As reações foram diversas, mas todas positivas. É uma alegria ver e mostrar como era a atividade no campo antigamente”, compartilha o diretor.
Além dos objetos, o local possui cheiros e sons que remetem ao campo no passado, como por exemplo, o cheiro de café feito na hora.
Os visitantes vão poder conferir desde arreios, celas antigas e laços, da parte pecuária, até toda parte agrícola, como matraca, linha de plantadeira e arado de tração animal, entre outros. Rocco destaca que algumas novidades para este ano devem fazer muito sucesso.
“Pela primeira vez teremos no memorial a galeria de fotos dos ex-presidentes do Siran, que era algo que ficava guardado na nossa sede, e que agora vamos expor. Além disso, o local também vai abrigar uma cabeça de búfalo, da raça Mediterrâneo. Esse animal foi campeão na Expô, em 1984, e ao lado da cabeça temos algumas fotos dessa competição”, comenta ele.
“Neste ano o público também poderá conferir máquinas originais usadas na fabricação do umbicura, que é um produto muito clássico da região. Também temos o maquinário para a fabricação de sal, que marcou época, junto com o produto. Tudo isso disponível para quem quiser conferir”, conta.
Durante a exposição, os visitantes terão o acompanhamento dos alunos do curso de História do Unitoledo. “Os estudantes serão os guias durante a visita. Eles estarão lá para explicar como tais objetos funcionavam e também para tirar as dúvidas do público. Pensamos em algo marcante para comemorar as seis décadas da Expô, e os 77 anos do Siran”, conclui o diretor.