O Departamento de Produção e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp de Araçatuba confirmou o vírus da raiva em um morcego na cidade. O morcego, da espécie Artibeus planirostris, era adulto e foi encontrado morto na Vila Mendonça, próximo à escola Joubert Carvalho. Em outubro do ano passado, foi encontrado um morcego com raiva na Vila Estádio.
O animal doente não teve contato com pessoas. Segundo a responsável pelo laboratório de Raiva do Departamento de Produção e Saúde Animal, Márcia Marinho, o morcego doente foi encontrado no dia 3 de maio, mas só foi encaminhado à Unesp no dia 22 de maio. O resultado positivo para raiva saiu no dia seis de junho, após a realização de exames.
A Vigilância foi notificada para tomar as medidas de controle e monitoramento. Agentes trabalham no manejo, bloqueio e controle ambiental em até 200 metros no em torno da escola. Serão realizadas também orientação educativa e vacinação em cães e gastos naquela região.
VÍRUS
A amostra positiva para raiva será enviada para o Instituto Pasteur, em São Paulo, para a tipificação do vírus e verificar sua procedência. “Essa tipificação é importante para saber qual a origem do vírus. Muito provavelmente, o vírus encontrado no morcego faz parte do ciclo silvestre da raiva, o que é natural, porque o vírus circula entre os morcegos. O que não pode haver é a variante canina”, explicou Márcia Marinho.
A orientação, conforme a professora da Unesp, é para que as pessoas não toquem no animal ao se depararem com algum morcego caído ou com comportamento estranho. Nestes casos, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) deve ser acionado. “Não se deve mexer com os morcegos e muito menos atacá-los”, frisa a professora.
A Vigilância Sanitária informou que faz o envio quinzenalmente de morcegos para análise da Unesp, nos casos de verificação de diagnóstico de raiva, conforme acordado com a universidade.
VACINAÇÃO
Ela destaca que, devido às campanhas anuais e efetivas de vacinação contra a raiva em cães e gatos, o vírus não está em circulação entre os animais domésticos e os humanos.
Em Araçatuba, o último caso de raiva em animais domésticos foi registrado em 2010, em um gato. Em cães, o último registro é de 1996.
