Neste sábado (29), acontece o “Dia D” de vacinação contra febre amarela em todo o Estado de São Paulo, com a finalidade de facilitar o acesso da população aos postos e, consequentemente, aumentar a cobertura vacinal contra a doença.
Cada município organizará a oferta da vacina nos postos de saúde conforme a necessidade e cobertura vacinal local. Desde o mês de junho, São Paulo iniciou uma campanha visando ampliar a cobertura para todo o Estado, que atualmente é de 71,6%.
“A imunização é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. Por isso, é imprescindível que todas as pessoas ainda não imunizadas aproveitem tomem a vacina”, explica a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.
“O ‘Dia D’ é uma oportunidade para que pessoas ainda não imunizadas, e que não tem tempo de tomar a vacinar durante a semana, compareçam a um posto de saúde em seu tempo livre. Melhorar a cobertura vacinal é fundamental para a prevenção”, complementa o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira.
Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído e transplantados. Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando, crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvidas, é fundamental consultar o médico.
Todo o território já tem recomendação da vacinação contra a febre amarela, devido à circulação do vírus silvestre. Nos dois últimos anos (2017-2018), mais de 21 milhões de pessoas foram vacinadas contra febre amarela em SP, número três vezes maior que o total de doses aplicadas na década anterior – 7 milhões de pessoas foram imunizadas entre 2006 e 2016.
“Temos trabalhado intensamente, nos últimos três anos, para enfrentar a febre amarela no Estado, por meio de monitoramento dos corredores ecológicos, vigilância epidemiológica e vacinação. Realizamos campanha no último ano e ampliamos a recomendação da vacina para todo o território”, explica a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Regiane de Paula.
Balanço
Em 2019, até 3 de junho, houve 66 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado, ou seja, casos em que as pessoas foram infectadas na cidade onde residem. Destes, 12 evoluíram para óbitos (confira os locais na tabela abaixo).
Do total de casos, 94% têm como local provável de infecção (LPI) municípios do Vale do Ribeira. Um caso foi registrado na região de Campinas, no município de Serra Negra e outros três casos na região de Sorocaba, nos municípios de Ribeira, Apiaí e Ribeirão Branco.
Com relação às epizootias (morte ou adoecimento de primatas não humanos), neste ano, 14 macacos tiveram confirmação da doença.
No ano de 2018, foram confirmados 504 casos autóctones em várias regiões do Estado; destes, 176 evoluíram para o óbito. Também foram registradas 261 epizootias. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.