Débora Rolim da Silva e Phelippe Douglas Alves, foram condenados nesta segunda-feira (5) por matar e espancar a filha Emanuelly Agatha da Silva, de 5 anos, em Itapetininga, cidade distante 410 km de Araçatuba.
O julgamento durou mais de dez horas, em que os sete jurados ouviram sete testemunhas, a promotoria e o advogado de defesa.
As quatro mulheres e três homens que compunham o Tribunal do Júri decidiram condenar Phelippe foi condenado a 34 anos, 7 meses e 10 dias em regime fechado, por homicídio doloso, quando há intenção de matar, quadruplamente qualificado por motivo fútil, emprego de crueldade e pela vítima ser mulher.
Já sua esposa, Débora foi condenada a 23 anos, 11 meses e 4 dias de prisão em regime fechado, e 6 meses em regime semiaberto pelo crimes de homicídio doloso quadruplamente qualificado por motivo fútil, tortura, alteração do local do crime e mediante cárcere privado.
O advogado que defende o casal informou que vai recorrer da decisão, mas não comentou as penas estipuladas pela Justiça.
Relembre o caso
Emanuelly Agatha da Silva morreu em 2 de março de 2018 após ser internada em um hospital de Sorocaba (SP) com marcas de espancamento. Na época, Débora e Phelippe afirmaram que ela teria caído cama.
Logo a versão foi contestada pelos médicos que afiramram que as lesões não correspondiam com a versão dada pelos pais. A menina morreu vítima de um traumatismo craniano e hemorragia cerebral resultante de várias agressões.
Em uma entrevista ao R7, portal de notícias da Record, uma tia da garota afirmou que Emanuelly “chegava, vez ou outra, com uns roxos. Mas a mãe sempre inventava uma história e a gente acreditava”.
“Meu pai disse que seria capaz de matar o meu irmão”, afirmou a tia de Emanuelly Agatha da Silva Alves, de cinco anos, que teria sido espancada pelos pais em Itapetininga, interior de São Paulo. Isis Desiree, de 27 anos, se refere ao avô da criança, o aposentado Luiz Carlos Alves.
Além de Emanuelly, os pais tem dois outros filhos: uma menina, de nove anos, e um menino, de quatro.
A menina está aos cuidados do pai biológico, em Itapetininga, enquanto seu irmão mais novo foi acolhido pelo Conselho Tutelar, segundo o delegado Fernandez. Segundo a Polícia Civil, os pai são usuários de drogas e já estiveraram envolvidos em suspeitas de agressões aos outros filhos.