Com a confirmação da quinta morte causada por complicações da dengue neste ano, a cidade de Tupã (SP) já registra uma de suas piores epidemias da doença da história, segundo dados da prefeitura. Neste ano, já são 2.247 casos confirmados da doença e outros 890 que aguardam confirmação por exames.
A situação atual só não é pior que a epidemia registrada em 2015 na cidade, quando sete pessoas morreram e 2.406 casos da doença foram confirmados.
Desde aquele 2015, Tupã não registrava mortes causadas pela doença, apesar da ocorrência de casos positivos de dengue nos anos seguintes: 714 em 2016, 234 em 2017 e 173 no ano passado.
Outro detalhe na atual epidemia de dengue na cidade é que, até agora, quase todos os casos com mortes atingiram pessoas idosas – apenas uma não tinha mais de 60 anos – e todas elas tinham comorbidades, ou seja, doenças graves que as colocavam como integrantes do grupo de risco.
Segundo a Secretaria de Saúde de Tupã, as mortes por dengue confirmadas atingiram um paciente de 86 anos, com hipertensão; outro de 70 anos com diabetes e hipertensão; um terceiro de 86 anos, também com diabetes e hipertensão; um de 58 anos, com diabetes e leishmaniose, e finalmente, um paciente de 73 anos, com câncer.
A situação de epidemia tem provocado lotação das unidade de saúde de Tupã com pacientes com suspeita da doença.
A prefeitura informa que vem promovendo ações para intensificar a fiscalização de possíveis focos em todos os bairros da cidade.
Segundo Joselaine Pio Rocha, da Vigilância Epidemiológica de Tupã, a prefeitura lançou campanha no último dia 23 de março que mobilizou todas as secretarias a participarem de um mutirão nos bairros, com trabalho de panfletagem e conscientização das pessoas com relação aos cuidados com a dengue.