A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira, 22, a prisão do quarto suspeito de envolvimento na morte da estudante Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, sequestrada e morta quando saiu de casa para andar de patins, em junho de 2018, em Araçariguama, interior de São Paulo.
Odilan Alves, de 35 anos, comanda o tráfico de drogas na região e teria mandado sequestrar a irmã de um usuário de drogas que devia para ele. A garota é parecida com Vitória, que foi pega por engano. Segundo a polícia, quando descobriram o erro, os sequestradores decidiram matá-la.
Outras três pessoas já estão presas pelo crime, mas faltava chegar ao mandante. Odilan mora em Itapevi, mas mantém uma rede de distribuição de drogas em Araçariguama e outras cidades da região. Ele foi identificado a partir de informações de uma testemunha que está sob proteção do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo. A testemunha tem uma irmã com as mesmas características de Gabrielly e devia R$ 7 mil ao traficante.
A prisão de Odilan e de outras quatro pessoas que trabalham para ele aconteceu nesta terça-feira, 21, em Itapevi. O suspeito, conhecido no tráfico como ‘irmão Nicolas’, ‘Gustavo’ e ‘Bryan’, foi preso no Jardim Brasil, em Araçariguama.
Ele teve a prisão temporária decretada e foi levado para a cadeia de São Roque. Na casa dele foi apreendido um revólver com numeração raspada, munição e um notebook. Além de responder por tráfico e porte de arma, ele deve ser incriminado pela morte de Vitória.
Os outros três acusados de matar a menina, o servente de pedreiro Bruno Ergesse e o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes, estão presos em Tremembé, no Vale do Paraíba.
Os três negam participação no crime, mas devem ser julgados pelo tribunal do júri. O processo tramita em segredo de justiça no Fórum de São Roque.
O caso de Vitória mobilizou e comoveu a população de Araçariguama. Imagens de uma câmera mostraram a estudante de 12 anos andando de patins perto do ginásio de esportes, antes de desaparecer, no dia 8 de junho.
A polícia e os moradores se mobilizaram em buscas pela garota. O corpo foi encontrado oito dias depois, em um matagal, à margem de uma estrada rural. Ela havia sido amarrada antes de ser morta. O pedreiro, primeiro a ser preso, apontou o casal como executor do crime.