A Estação de Tratamento de Água (ETA) de Guararapes deve reativar o seu poço artesiano até setembro deste ano. O investimento, de R$ 400 mil, irá diminuir a dependência do abastecimento de água na cidade, hoje feito exclusivamente pela represa municipal, que capta água do Córrego Frutal.
A capacidade de vazão do povo profundo é de 300 mil litros por hora, segundo estudo especializado feito por uma empresa contratada pela Prefeitura. Para isso, o município vai instalar um equipamento para bombear mecanicamente a água.
A Estação de Tratamento de Água (ETA) de Guararapes atende a uma demanda média de 280 mil litros de água por hora, para uma população de 32,7 mil habitantes.
No entanto, o sistema atual é suscetível às condições climáticas. Em extensos períodos de estiagem, como o que ocorreu em 2015/2016, há risco de desabastecimento, o que não ocorre com o poço artesiano, segundo a Prefeitura, já que a água vem do Aquífero Guarani, maior reservatório natural de água doce do planeta.
Outra vantagem é a qualidade da água, segundo a diretora de Engenharia e Saneamento Básico da Prefeitura, Luciane Antoniolli Morais.
“Não se compara a pureza da água de um lençol freático com aquela que é captada dos cursos d’água superficiais”, comentou a diretora de Engenharia e Saneamento Básico da Prefeitura, lembrando que enquanto a primeira vem pronta para o consumo humano, a segunda requer tratamento químico para eliminar impurezas.
RECUPERAÇÃO
A reativação do poço será possível assim que terminar a série de serviços que a Prefeitura de Guararapes vem desenvolvendo desde janeiro, iniciada após um estudo hidrogeológico para avaliar os procedimentos mais práticos e imediatos para recuperar o poço profundo.
Já no começo deste ano foi instalado um equipamento para bombeamento a altas profundidades (o poço possui 1.330 metros de profundidade).
Outra medida foi o recondicionamento da torre de resfriamento, em vez de comprar uma nova. Com essas medidas, será possível reativar o poço a um custo final de pouco mais de R$ 400 mil, 60% menos do que se previu há três anos.
O poço artesiano de Guararapes foi colocado em operação em 1992 e permaneceu ativo por 23 anos. Em 2015, a sua capacidade ficou comprometida por falta de manutenção e, devido ao custo previsto à época para a sua reativação, de R$ 1 milhão, permaneceu inativo.
Para colocar o poço em funcionamento novamente falta apenas recondicionar o equipamento de resfriamento da água, segundo informou a diretora de Engenharia e Saneamento Básico da Prefeitura, Luciane Antoniolli Morais. Já foi feita licitação e contratação de empresa especializada.
QUALIDADE DA ÁGUA É ANALISADA PELO ADOLFO LUTZ E POR LABORATÓRIO PARTICULAR
Responsável por atender uma demanda média de 280 mil litros de água por hora, a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Prefeitura de Guararapes possui um rígido controle sobre a água que serve aos 32,7 mil habitantes da cidade.
Além de exames laboratoriais diários na própria ETA, feitos sob a supervisão de uma química, a qualidade é verificada mensalmente pela Vigilância Sanitária, que colhe amostras em locais aleatórios da cidade e as envia para o Instituto Adolfo Lutz. Semestralmente, uma análise mais completa é feita por um laboratório particular.
De acordo com o chefe da Seção de Tratamento e Distribuição de Água da ETA, João Carlos Natale, esses exames laboratoriais permitem analisar aproximadamente 100 itens da água tratada e atestam a potabilidade do líquido.
Por Ediwilson dos Santos, especial para o Regional Press