Araçatuba registrou a segunda morte por leishmaniose visceral este ano. A vítima é um homem de 78 anos, que morava no Hilda Mandarino. O idoso ficou internado 17 dias na Santa Casa da cidade e faleceu no domingo (19), com quadro de pneumonia.
O primeiro óbito pela doença foi registrado em fevereiro. Uma mulher de 38 anos foi diagnosticada com leishmaniose após a suspeita inicial de dengue hemorrágica ser descartada por exames. Ela morava no Umuarama, mesma região onde residia o idoso.
O homem, que fora internado na Santa Casa no início deste mês, vinha recebendo tratamento específico para leishmaniose, após a confirmação do diagnóstico por meio de exame laboratorial.
Entretanto, apresentava outras comorbidades e não resistiu. O óbito foi registrado por volta de meio-dia de domingo.
BLOQUEIO
Em casos de confirmação da doença, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza bloqueio, em um raio de 200 metros ao redor da casa, com a coleta de sangue de todo os cães para a realização de exames.
Além disso, agentes de controle de endemia fazem o manejo ambiental em um raio de 400 metro da residência do paciente.
O trabalho consiste na orientação aos moradores e na retirada de materiais orgânicos, como restos de folhas e frutas, onde o mosquito-palha, transmissor da doença, pode se reproduzir.
SINTOMAS
O mosquito-palha se contamina picando um cão doente, podendo retransmitir para outro cão e seres humanos. Os sintomas da doença são febre e aumento do baço. Pode ocorrer também sangramento nasal.
No ano passado, Araçatuba registrou 15 casos de leishmaniose e três óbitos por causa da doença. Em 2019, são dois casos confirmados, com dois óbitos.