A gripe canina é similar a dos humanos, ou seja, uma doença respiratória causada por alguns agentes que podem ser virais ou bacterianos. Os sintomas da doença são muito parecidos com os da gripe humana, sendo a tosse o principal deles.
“Um cachorro tossiu em determinado ambiente, o outro vai lá e aspira o vírus ou a bactéria e acaba se contaminando. Geralmente, essa gripe não é perigosa, se tratada adequadamente com acompanhamento veterinário. Se o cão for muito idoso, ou já tiver alguma outra complicação, passando por algum tratamento imunossupressor, ou com qualquer outra doença, pode sim vir a óbito. A complicação é uma pneumonia grave, e se isso acontece, pode matar até a gente, imagina a eles”, explica.
Ainda segundo Cláudia, a manifestação da doença não se difere de acordo com a raça do animal, mas sim, se é um cão de porte pequeno que já tem um colapso de traqueia, um problema anatômico, por exemplo, com certeza o quadro dele pode ser mais acentuado, um pouco pior.
“Não tive casos recentes da doença no meu consultório, é difícil achar nas fichas dos bichinhos algum que não tenha tomado a vacina. O tratamento vai depender da situação, muitas vezes ela é autolimitante, como é para nós, a forma simples da doença. Porém, podem ter complicações, uma tosse mais persistente, pneumonias, então, geralmente o animal precisaria usar antibióticos, medicamentos para tosse que é intensa, mas tudo depende muito da avaliação do veterinário”, finaliza.
Teresinha Cristina Cândido, médica veterinária também de Araçatuba, tratou casos recentes da doença. “Como o nome já diz, os sintomas da doença são muitos parecidos aos da gripe humana, os mais característicos são a tosse contínua, podendo ser confundida com engasgos e até ocorrer vômitos, coriza (corrimento nasal), espirros, apatia, febre, falta de apetite e podendo se agravar ao quadro de pneumonia”, diz.
Ela afirma que geralmente a doença se manifesta mais no período do outono e inverno, devido as baixas temperaturas e ao clima seco, podendo abalar o sistema imunológico e favorecendo que o animal contraia as patologias respiratórias.
“O mais recente que eu tive foram 4 casos em 10 dias. Alguns cuidados essenciais para evitar a doença são: vacinação, alimento de boa qualidade, suplementos vitamínicos, se seu veterinário achar necessário, caso o animal não seja imunizado contra gripe é bom evitar contato com animais enfermos”, finaliza.
Nesses casos que Teresinha tratou recentemente estão os cachorros da Natália Tozin, o Freddy que é um Rottweiler, e a Doberman Átila. De acordo com a tutora, eles têm todas as vacinas, porém, assim como para nós adultos, essa vacina da gripe precisa do reforço todo ano.
“Eles ainda não tinham feito e então contraíram o vírus da gripe canina. Por serem cães de guarda e bem bravos só saem de casa guiados com os donos. Eles não têm contato com cachorros de rua, ou qualquer outro. Provavelmente ao saírem para o passeio passaram perto de alguma casa ou lugar que houvesse um cão infectado, contraindo então a doença”, conta.
Os cães passaram a gripe um para o outro, já que convivem juntos. “Assim que percebemos que estavam com tosse frequente (que parceria engasgo) e falta de apetite, pedimos a visita de uma veterinária na residência. Foram realizados exames de imagem e de sangue para então o correto diagnóstico. O tratamento foi iniciado de imediato com medicamentos via oral e uma injeção até que melhorassem os sintomas da doença. Após umas duas semanas, melhoraram e agora estão ótimos!”, finaliza. (Folha da Região)