O preço dos alimentos voltou a subir no varejo de Araçatuba. Em abril, o aumento é de 6,51% em comparação aos valores praticados em março. É a segunda alta consecutiva, já que no mês anterior, o reajuste foi de 6,98% em relação a fevereiro.
Os alimentos in natura tiveram o maior reajuste em abril, de 9,25%, enquanto os processados ficaram 3,77% mais caros.
No ano, a variação é de 6,16% nos gêneros alimentícios, com 6,2% de aumento nos preços das verduras, frutas e legumes, e de 6,08% nos demais itens.
A pesquisa levou em consideração uma cesta de 70 alimentos in natura e de 58 produtos processados. Os preços foram levantados nos últimos finais de semana de cada mês em dois dos principais supermercados varejistas de Araçatuba.
MAIORES ALTAS
O pepino teve o maior reajuste em abril, segundo a equipe de profissionais da Educonsultoria, que realiza a pesquisa de preços desde janeiro em estabelecimentos de Araçatuba. O valor do produto subiu 72,6% em abril.
O limão também teve aumento considerável no mês passado, com alta de 62,37%, seguido do quiabo (+60,11); batata doce (+45,33%); vagem (+35,97%) e abobrinha (+34,93%).
O preço do mamão também está mais salgado, já que foi reajustado em 25,52%, assim como o do tomate (+23,54%); maçã (+22,22%); cebola (+20,41%), alho (6,92%) e alface (+1,83%.
EM QUEDA
Já a banana nanica, a laranja pera e a melancia tiveram queda nos preços, de 3,87%; 17,89% e 26,7%, respectivamente.
PROCESSADOS
Em relação aos processados, a carne moída de segunda teve o maior aumento no preço, de 63,62%. Os outros itens que tiveram os valores reajustados foram a sobrecoxa de frango (+46,19%); a mortadela (+32,68%); o café (+30,9%) e o filé de frango (+22,61%).
De outro lado, apresentaram redução nos preços a salsicha (23,68%); o feijão carioca (11,87%) e o presunto (4,03%).
CUSTOS
Conforme a equipe técnica da Educonsultoria, o aumento no custo do frete rodoviário é o principal fator que influenciou na alta dos preços. A empresa realiza a pesquisa mensal desde janeiro deste ano, com o objetivo de servir como um termômetro da inflação regional.
“Araçatuba é dependente do abastecimento feito por regiões distantes e o custo do transporte reflete nos preços dos alimentos”, explicou a Educonsultoria, que atua em Araçatuba e São Paulo, com projetos voltados para políticas públicas e estratégias educacionais.
Para os técnicos da consultoria, um planejamento regional do uso do solo agrícola, com o redirecionamento de uma fatia maior de áreas para o cultivo diversificado de produtos alimentares, ajudaria a diminuir os preços, na medida em que o mercado local ficaria menos dependente dos produtos vindos de outras regiões.