Em plena epidemia de dengue, com 1.740 casos confirmados em 2019, Araçatuba teve de suspender, nesta segunda-feira (27), as nebulizações no município por falta de inseticida, produto usado no “fumacê” para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o combate à doença na cidade será prejudicado, pois as nebulizações combatem o mosquito na fase adulta, os chamados alados. Por mês, são usados 160 litros do produto, em média, para as nebulizações em Araçatuba.
O inseticida é fornecido pelo Ministério da Saúde, que repassa ao Estado para distribuir aos municípios, por meio da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). O órgão não informou quando os repasses ao município serão regularizados, conforme o CCZ.
O Ministério da Saúde passa por um desabastecimento do produto por causa de problemas de vazamento nas embalagens. Com isso, o laboratório Bayer, fabricante do inseticida, recolheu 105 mil litros do produto em todo o País. A empresa deve repor os estoque a partir de junho.
Municípios de outras regiões do Estado, como Bauru, Adamantina, Pompeia e Americana, também estão sem o inseticida para as nebulizações. O problema acomete outros Estados da federação, como Paraná e Santa Catarina.
Segundo o Centro de Controle de Zoonoses de Araçatuba, apenas as nebulizações serão suspensas. Os trabalhos de bloqueio casa a casa e de controle de criadouros do mosquito vão continuar na cidade.