O mercadão municipal de Araçatuba, construído na década de 1970, no bairro São Joaquim, em nada lembra o comércio efervescente de hortifrútis do passado. As precárias condições do prédio incomodam os munícipes que moram nas proximidades e os comerciantes que trabalham no local.
Muita gente nem sabe que naquele espaço de cinco mil metros quadrados há comerciantes que tiram o seu sustento dali, tamanho o estado de abandono que vem se arrastando ao longo dos anos. Para começar, não há mais identificação, pois a fachada caiu e não foi recolocada.
Em seu interior, mais problemas: paredes sujas e descascadas, rachaduras, sinais de desmoronamento, teto embolorado, fiação elétrica exposta e piso danificado.
TRIBUNA
As precárias condições do espaço foram mostradas na última sessão do Legislativo araçatubense, na segunda-feira (6), em reportagem da TV Câmara, a pedido do vereador Arlindo Araújo (PPS), que teve aprovado recentemente um requerimento de pedido de informação a respeito do mercadão.
Na segunda-feira, Araújo usou a tribuna para falar, dentre outros assuntos, do mercadão municipal. “Gostaria de enfatizar que, em várias administrações, fui testemunha, inclusive nesta, que vem sempre dotação orçamentária falando da revitalização do mercadão municipal, mas tudo continua da mesma maneira”, disse Araújo. Ele defendeu que a administração municipal faça algo pela modernização do espaço.
BANCAS
Na área interna, há muito espaço ocioso. Apenas três bancas comercializam, verduras, frutas e legumes, bem diferente do que ocorria nos anos 1970, 1980 e início dos 1990. No local, chegou a funcionar supermercados e a extinta Cooperativa de Consumo dos Servidores Públicos Municipais de Araçatuba (Cospuma).
A comerciante Arlinda Leite dos Santos, que trabalha no local há quase quatro décadas, lamenta a situação do local, mas tem esperança de uma revitalização, o que atrairia mais público e deixaria o lugar com aspecto mais agradável.
“Desejo que meus netos vejam este lugar reformado e tenham orgulho disso”, afirmou.
PARTE EXTERNA
Na parte externa do mercadão, há lojas de diferentes segmentos: açougue, livraria, restaurante, salão de beleza, escritório de contabilidade, pet shop e casa de ração.
CONSUMIDORES
A diarista Arlete dos Santos, 43 anos, disse que frequenta o local desde criança, quando ia com os pais. “É muito triste ver o que virou isso aqui”, lamenta.
O marceneiro Joaquim Dornelas, 50, tem esperança de que o espaço seja modernizado e que novos comerciantes possam se instalar no interior do mercadão. “Seria muito bom pra cidade, com geração de emprego e renda para mais pessoas”.
OUTRO LADO
Em sua campanha política, em 2016, o prefeito Dilador Borges (PSDB) e a vice, Edna Flor (PPS), se comprometeram a revitalizar o espaço.
Questionada, a administração municipal informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que recebeu o requerimento de informação do vereador Arlindo Araújo e tem prazo de 15 dias para responder.
“Neste momento, a secretaria responsável está levantando todas as informações necessárias, sendo assim, pedimos que aguarda manifestação posterior”, dia a nota da assessoria.