Água escura, falta de pressão nas torneiras, possibilidade de cobrança pela passagem de ar pelo hidrômetro, manutenção dos equipamentos de captação de água em Araçatuba por parte da concessionária do serviço. Estes são alguns dos assuntos que serão abordados na Audiência Pública convocada para o próximo dia 22, pela Comissão Permanente de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano e Rural da Câmara Municipal de Araçatuba.
O evento foi solicitado pelo vereador Dr Flávio Salatino (MDB) para apurar junto à Samar (concessionária responsável pelo abastecimento e esgotamento sanitário da cidade desde 2012) e ao Daea (agência reguladora que fiscaliza as operações da concessionária) a diversas reclamações de moradores registradas tanto no Legislativo quanto expostas na imprensa local.
Além de responder os 11 itens listados na convocação, representantes da empresa e da agência também estarão disponíveis para tirar as dúvidas da população, assim como dos vereadores que participarem.
“Para a audiência, reunimos uma série de questionamentos que são feitos a nós, vereadores, praticamente todos os dias. Sem fazer juízo de valor, a Samar e o DAEA têm a oportunidade para esclarecer se está ou não ocorrendo algo de anormal em relação à prestação dos serviços e à qualidade de água”, comenta Salatino.
PROBLEMAS
Nos últimos meses, foram recorrentes as reclamações relativas ao abastecimento de água, assim como ao esgoto (vazamentos e meu cheiro), em menor número.
Em abril, por exemplo, moradores da rua Altino Arantes, no bairro Dona Amélia detectaram partículas escuras que quase obstruíam a passagem de água pelos hidrômetros. A situação levou a Promotoria de Justiça local a instaurar inquérito para apurar a qualidade da água distribuída pela concessionária.
No mês de março, a falta de água em bairros da região Sul, como o Jussara, gerou transtorno a moradores, que chegaram a ficar quatro dias desabastecidos.
O problema ocorreu após uma manutenção programada e substituição de registros de redes adutoras, na esquina da rua Governador Pedro de Toledo com a rua Luís Nogueira Martins e no cruzamento das ruas Cussy de Almeida e Paraguai, com previsão de afetar 46 bairros e adjacências. O prefeito Dilador Borges (PSDB) chegou a realizar uma reunião e cobrou um novo plano de contingência da Samar.
DINÂMICA
O Plenário da Câmara conta com 154 cadeiras e será ocupado de acordo com a chegada dos participantes. Os trabalhos da audiência começam às 19h, com duas horas de duração, podendo ser prorrogada.
O representante da Samar terá 20 minutos para suas explanações, seguido pelo representante do DAEA, com 15 minutos. Na sequência, o público e os vereadores poderão fazer perguntas (dois minutos para cada questão) e os indagados, três minutos para responder.
Um relatório será elaborado e encaminhado às autoridades e responsáveis pelos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, para que tomem ciência e providências. A Comissão de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano e Rural é composta pelos vereadores Rivael Papinha (PSB), que o presidente, Dr Flávio Salatino (MDB), vice-presidente, e Denilson Pichitelli (PSL), membro.