A família do morador de Andradina (SP) Wilson Manoel da Silva, de 39 anos, morto atropelado várias vezes pelo amigo, afirma que tenta entender a motivação do assassinato registrado na sexta-feira (19).
Segundo a Polícia Civil, o homicídio aconteceu depois de uma discussão entre eles. Uma vizinha flagrou o momento em que a vítima foi atropelada.
“Ele estava aqui chamando de irmão. Falava que era irmão dele. Costumava falar ‘Wilson é meu irmão, Wilson é meu irmão’. Por fim, pra ter feito isso que ele fez com ele”, afirma o parente, que prefere ter a identidade preservada.
Na imagem registrada pelo vídeo, Wilson já está caído quando o motorista vem e passa com o carro em cima dele de novo. A vítima fica presa embaixo do veículo e chega a ser arrastada por alguns metros.
O motorista ainda desce do carro e ofende a vítima, desacordada. Wilson chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. O crime aconteceu bem ao lado da casa dele.
“Eles estavam tudo aqui e começou gritaria, mas era rotina isso. A gente nunca ia imaginar que ia terminar assim”, afirma o aposentado Luiz Gonzaga Rocha.
A mulher de Wilson contou que o marido e o amigo começaram a beber cerveja em um bar e depois foram para frente de casa. Eles se desentenderam e a vítima foi ameaçada de morte.
“O cara disse que iria dar um tiro na cabeça dele, entrou no carro, deu a volta no quarteirão, passou e atropelou meu marido. Ele caído, ele veio e atropelou de novo”, diz a mulher.
Depois do crime, o amigo, José Luzinaldo dos Santos, que é pedreiro, fugiu com o carro.
Investigação
A Polícia Civil está fazendo buscas para tentar encontrar suspeito. O inquérito já foi aberto e homem vai responder por homicídio doloso qualificado, que é quando há intenção de matar e por motivo fútil. O delegado ainda deve ouvir outras testemunhas do caso.
“Depoimentos conflitantes, mas tem uma coincidência nos depoimentos que Wilson pagou todas as cervejas do dia, e o autor pedia mais cerveja e isso causou irritação da vítima e eles começaram a discutir. Mas a mulher do autor diz que foi por ciúme. Qualquer um dos motivos é fútil”, afirma o delegado Raoni Spetic da Selva.