No dia 12 de abril de 2017, o agente penitenciário federal Henri Charle Gama e Silva estava sentando em um bar perto de sua casa, em Mossoró (RN), quando dois homens desceram de um carro e atiraram em sua direção.
Mesmo atingido pelas costas, ele conseguiu correr e se abrigou atrás de um carro estacionado, mas logo foi alcançado novamente. O assassino acertou um disparo na cabeça de Henri e o agente morreu no local. Sua morte foi um plano arquitetado pelo PCC anos antes. As informações são do UOL.
Em 2014, a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) decidiu intimidar e desestabilizar funcionários do sistema penitenciário federal, considerados mais rígidos. Os muitos desentendimentos de um dos líderes do PCC com os agentes foi o estopim para que o plano fosse colocado em prática. Roberto Soriano, o Tiriça, ameaçou funcionários, segundo o UOL.
O plano foi descoberto no fim de 2015, quando o criminoso Anderson Conceição de Lira, o Profeta, morreu em uma operação da Polícia Militar em uma chácara no interior paulista. A ideia era matar dois agentes de cada unidade penitenciária federal existente.
Em Mossoró, onde Henri Charle foi assassinado, a ideia foi mandar Gilvaneide Dias Mota Bastos, mulher de um integrante da facção, comprar uma casa perto do presídio para analisar a rotina dos agentes penitenciários e, assim, escolher o melhor alvo. Depois, Gilvaneide colocou sua irmã como empregada doméstica dentro da casa de Henri Charle até saber todos os movimentos do agente.
De acordo com o UOL, a Polícia Federal ainda não conseguiu identificar o autor dos disparos contra Henri Charle. Todos os investigados ou presos negam participação no crime. O PCC também matou Melissa de Almeida Filho, psicóloga do sistema penitenciário federal, em Cascavel (PR).