Um grupo de aproximadamente 170 pessoas utilizam a rede social WhatsApp para informar locais de blitz e abordagens policiais em Araçatuba e região.
No grupo, os integrantes xingam PMs, GCMs e policiais rodoviários que realizam o trabalho de fiscalização na área urbana e rodovias que cercam o município. A ação é apurada pela polícia.
Através de mensagens de áudio, imagens e vídeos, os usuários passam informações para que motoristas que estejam irregulares e que tenham algum motivo para não ser abordado, possam fazer outro percurso para não ser parado nas fiscalizações.
Conforme especialistas em segurança, esse tipo de atitude diminui drasticamente a eficácia do trabalho policial, onde além de fiscalizar veículos, pode tirar das ruas criminosos, procurados e até mesmo evitar crimes.
Alertar sobre locais onde há policiamento ostensivo e blitz é um desserviço à população e utilizar as redes sociais para isso é um ato delituoso previsto em lei, afirma a polícia. A pena para o crime é de um a cinco anos de reclusão, além de multa.
Abaixo, reprodução de mensagens trocadas entre integrantes do grupo:
Quem pratica essa ação pode ser enquadrado por atentado contra a segurança ou ao funcionamento de serviço de utilidade pública (Art. 265 do Código Penal).
Representantes das polícias civil e militar informaram que estão cientes da existência desses grupos e alegam que trabalham para identificar os integrantes através dos números de aparelhos de celular.
Abaixo, imagens postadas em grupo de WhatsApp sobre ações policiais em Araçatuba (fotos cedidas pela polícia):