Tombamento 1
O município de Araçatuba recebeu mais um pedido de tombamento como patrimônio histórico e cultural da antiga estação ferroviária de Araçatuba, que o secretário municipal de Planejamento, Tadeu Consoni, insiste em chamar de “plataforma”. É o segundo pedido de tombamento protocolado após a Prefeitura confirmar que iria demolir o prédio. Desta vez, o requerimento é assinado pelo analista de sistemas Adriano Coelho da Silva. Ele é contra a demolição do prédio e defende a revitalização e ocupação do espaço.
Tombamento 2
Na quarta-feira (27), o professor aposentado Euclides Garcia Paes de Almeida, 71 anos, protocolou um requerimento solicitando o tombamento da estação.
Tombamento 3
Após ter sido tornada pública a intenção de destruir o prédio em nome de “uma melhor reurbanização do local”, o município recuou. Agora, o discurso é que está em estudo uma revitalização da chamada Vila Ferroviária.
Desdizendo
Consoni utilizou a assessoria de imprensa da Prefeitura para enviar áudios e textos “desdizendo” o que a própria Prefeitura havia confirmado, após questionamento do Regional Press e da Band FM 96,9 sobre a possibilidade de demolição da antiga estação, construída em 1963.
Mobilização
O fato é que ele não descarta a possibilidade de demolição, mas disse que ainda é um estudo. De qualquer forma, grupos formados por engenheiros, arquitetos e historiadores estão se organizando (e não apenas pela internet, como muitos pensam), para evitar o que consideram um golpe na memória da cidade.
Pegou mal
Recuando ou não, pegou muito mal para o município não ter sequer consultado o CMPCA (Conselho Municipal de Políticas Culturais de Araçatuba) sobre a possibilidade de demolição do prédio. Aliás, cabe ao próprio Conselho e à sua Câmara de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural a análise do tombamento da antiga estação.
A um ano da eleição
A impressão que se tem é que a Prefeitura de Araçatuba quer transformar Araçatuba em grande canteiro de obras este ano, a pouco mais de um ano das eleições municipais. Depois de mais de um ano fechado, a Prefeitura autorizou a reforma do teatro municipal Castro Alves; há, ainda, a obra da Juscelino Kubitschek e o prolongamento da Pompeu de Toledo. Seria uma forma de mostrar serviço à população após dois anos de inércia?
Esquecidos?
De outro lado, a administração ainda não definiu a destinação dos prédios que foram desocupados nesta administração e que pertencem ao município. São eles o antigo pronto-socorro municipal, na Rua Dona Ida, e o prédio do desativado pronto atendimento do São João.
O que farão?
O município ainda precisa resolver o que irá fazer com os dois prédios que foram construídos pela gestão anterior e que abrigariam Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Eles estão localizados no Umuarama e no Morada dos Nobres.
Chega de passado
O vereador Denilson Pichitelli (PSL) disse, nesta quarta-feira (27), em entrevista ao programa Fala Tudo, que a classe política precisa parar de falar no passado e vislumbrar o futuro. Ele fez um “mea-culpa” e disse que isso vale para os vereadores, prefeito e vice-prefeita, Edna Flor (PPS). Para ele, já é hora de parar de culpar as gestões anteriores por problemas da cidade e de começar a apresentar soluções para resolvê-los.
Defesa
O vereador professor Cláudio Henrique da Silva (PMN) saiu em defesa do colega Carlinhos do Terceiro (Solidariedade), durante a última sessão da Câmara Municipal de Araçatuba. Isso ocorreu depois que a presidente da Casa, Tieza Lemos Marques (PSDB), advertiu Carlinhos de que ele deveria se ater ao tema do requerimento que os vereadores discutiam no momento. A matéria em questão estava relacionada à área azul.
Receio
O professor pediu a palavra para alertar a presidente de que Carlinhos não havia fugido do tema e que sua explanação também referia-se à área azul do município. Ele aproveitou para dizer que Tieza vem cerceando a fala dos vereadores.
Sem mordaça
“Nós não podemos transformar esta Casa numa mordaça e o vereador ficar com medo de falar”, afirmou Cláudio Henrique. “Eu acho que vossa excelência está interferindo na fala do vereador”, completou. Tieza tentou interromper Cláudio, mas este rebateu e disse que a palavra estava com ele. O público que estava no plenário aplaudiu o vereador.
Segunda vez
Na semana anterior, foi o vereador Arlindo Araújo (PPS) quem se posicionou contra as interferências de Tieza em sua fala. Na ocasião, chegou a chamá-la de atrevida.