A mulher morta estrangulada pelo marido em Guararapes (SP), neste sábado (30), tinha um relacionamento bastante conturbado, inclusive com ocorrências anteriores de agressões e medida protetiva, segundo a família. O casal já tinha se separado porque a vítima vinha sendo agredida, mas reatou há pouco tempo, conta uma tia da vítima.
“Ela apanhou dele várias vezes, mas tornou acreditar no perdão. Ele pedia perdão e ela voltava. A gente falava para ela não acreditar”, afirma Zildene de Melo Medeiros, tia da vítima.
Segundo a polícia, Ana Cláudia de Melo, de 27 anos, já havia denunciado as violências, inclusive uma delas virou processo com medida protetiva, mas ela retirou todas as queixas.
O crime aconteceu na casa onde a vítima morava com os pais, o marido e dois filhos pequenos de 3 e 5 anos, no bairro Francisco Antoniolli.
Em depoimento à polícia, a mãe da vítima disse que o casal passou a sexta-feira (29) junto. A mãe percebeu que alguma coisa errada tinha acontecido na manhã de sábado (30) porque as portas da casa estavam abertas.
Ela foi até o quarto da filha e encontrou a jovem sem vida. O corpo dela tinha marcas de estrangulamento e violência sexual.
No final da tarde de sábado, o marido, Felipe Carvalho, também de 27 anos, considerado o principal suspeito porque desapareceu logo após o crime, foi preso pela Polícia Militar.
“Depois que foi encontrado, os policiais obtiveram do autor que ele cometeu o crime sem motivo algum, eles participaram de uma festa na casa do casal, ingeriram bebida e começaram a discutir. Com isso o autor começou a agredir a vítima fisicamente”, afirma o tenente Gabriel Barros Ribeiro.
Ele foi encontrado em um matagal, na área rural de Guararapes, e confessou que matou a mulher. Ele foi levado para delegacia da cidade e depois para a cadeia em Penápolis (SP).