Em português, costuma-se usar a palavra “história” tanto para a narrativa de fatos verdadeiros como para os ficcionais (narrativas inventadas).
Isso não ocorre no inglês, que divide história para fatos reais; estória para fatos ficcionais. O escritor Guimarães Rosa manteve a tradição inglesa ao escrever, quando intitulou o seu livro de “Primeiras estórias”.
O atual governo quer transformar o 31 de março, quando houve um golpe militar em 1964, ou seja, há 55 anos, em “estória”, coisa inventada.
Esse pessoal do Bolsonaro ignora livros, jornais da época, muita gente morta e perseguida, só porque não concordava com o governo da época. Não se pode transformar a História do Brasil escrita com sangue num conto da carochinha.
*Hélio Consolaro é professor de Português
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