A Secretaria de Saúde de Birigui está investigando três óbitos por suspeita de dengue. Este ano, de 1º de janeiro até o momento, Birigui registrou 672 notificações. O município conta com 453 casos prováveis, sendo 194 casos positivos e 259 casos em investigação.
Com relação aos óbitos por suspeita de dengue, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o primeiro paciente é do sexo masculino, 78 anos, aposentado, morador do bairro Ivone Alves Palma.
O início dos sintomas começou em 5 de fevereiro, o paciente apresentava outras comorbidades, foi internado na Santa Casa de Birigui e faleceu dia 16 de fevereiro.
O segundo caso é de uma paciente do sexo feminino, de 24 anos, auxiliar administrativo, moradora do bairro Quemil.
O início dos sintomas foi registrado dia 18 de fevereiro. Ela foi internada na Santa Casa de Birigui e transferida para a Santa Casa de Araçatuba, falecendo no dia 22 de fevereiro.
O terceiro caso é uma paciente do sexo feminino, de 60 anos, moradora do bairro Ivone Alves Palma. O início dos sintomas foi registrado dia 22 de fevereiro. A mulher foi internada na Santa Casa de Birigui, vindo a falecer dia 26 de fevereiro.
“Todos os casos em que os pacientes possuem sintomas em comum com a dengue são considerados suspeitos, independentemente da causa do óbito, e são investigados”, explicou a diretora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Birigui, Mauriceia Gonçalves.
Ela explica que todos os casos estão sendo investigados e aguardam resultados de exames. Após esta investigação, os casos são descartados ou confirmados, juntamente a Vigilância Epidemiológica do Governo do Estado de São Paulo.
ESTRATÉGIAS
Nesta quinta-feira (28), a secretária de Saúde de Birigui, Marian Nakad, a equipe técnica da Secretaria de Saúde e representantes dos serviços assistenciais do município estiveram reunidos com profissionais do Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado (GVE), Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) e Diretoria Regional de Saúde (DRS).
O encontro ocorreu na sede da Secretaria de Saúde de Birigui, onde o grupo fez uma análise da situação epidemiológica e de estratégias para o enfrentamento da doença. Em Birigui, o cenário é de alto risco para epidemia.
Já no Comitê Municipal de Combate a Dengue e Arboviroses, a administração pediu um trabalho integrado, unindo forças com as 15 secretarias de Prefeitura de Birigui e órgãos de classe, entre elas o Sesi, a Acib e o Sinbi, parceiros da prefeitura na ação de combate ao mosquito Aedes aegypti.
CONTROLE DE VETORES
O CCVZ (Centro de Controle de Vetores e Zoonoses) delimitou as áreas de transmissão e realizou as atividades de tratamento químico com o bloqueio contra criadouros (BCC) e o bloqueio de nebulização (BN), conforme normas técnicas de combate ao Aedes Aegypti.
Ações de força-tarefa com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das UBS nas microáreas sem cobertura e em toda a extensão territorial das referidas unidades também estão sendo realizadas.
Também estão sendo realizadas alertas sobre controle e prevenção de criadouros nas escolas municipais e estaduais.
Foi autorizado pelo prefeito Cristiano Salmeirão a realização de outra força-tarefa com mutirão de limpeza e visitas casa a casa na região das áreas afetadas. A ação reúne 90 agentes de saúde, 10 supervisores e coordenador geral. A Secretaria de Serviços Públicos ajuda na ação.
REDE DE ASSISTÊNCIA
A rede de assistência a saúde está articulada para o atendimento dos casos suspeitos de dengue, chikungunya e Zika vírus, ao longo dos meses de janeiro e fevereiro foram realizadas diversas capacitações a fim de preparar os profissionais e os serviços de saúde para atenção básica e rede hospitalar (Santa Casa, PSM e Unimed).
Nesta sexta-feira, dia 1º de março os profissionais da Saúde farão duas capacitações sobre o Manejo Clínico dos Suspeitos de Arboviroses.
No Pronto Socorro Municipal de Birigui e no Prédio da UBS 01 (Cidade Jardim) serão feitos atendimentos de uma “Central de Hidratação”, com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência prestada aos casos suspeitos da doença.