Um ponto branco e distante no céu chamou a atenção de moradores da região de Araçatuba neste domingo (3). Muita gente chegou a acreditar que se tratava de um Objeto Voador não Identificado (Óvni), provocando agitação nas redes sociais.
Mas a suspeita de que seres extraterrenos poderiam estar próximos da Terra não se sustentou por muito tempo.
Na realidade, os objetos “não identificados” no céu são balões do Projeto Loon, do Google, cuja missão é fornecer acesso à internet para áreas rurais e remotas.
Os balões, confundidos com óvnis, foram vistos sobrevoando Araçatuba, Birigui, Penápolis, Auriflama, Promissão e Lins.
No céu de Birigui, o balão visto pelos moradores foi o “HBAL 511”. Em Araçatuba e Auriflama, o “HBAL 505” .
PESQUISA
O Loon é um projeto de pesquisa que usa balões de alta altitude. Eles são colocados na estratosfera, a uma altitude de cerca de 20 quilômetros (espaço duas vezes mais alto do que onde ficam os aviões). O nome Loon é um trocadilho com balloon (balão, em inglês).
Os balões navegam em diversas direções e correntes de vento para chegar às áreas onde é necessária a conectividade.
Antes de serem vistos na região de Araçatuba, os balões passaram por cidades sul-mato-grossenses, onde moradores tiveram a mesma impressão, ou seja, pensaram em se tratar de Óvnis.
TORRES FLUTUANTES
Para garantir a cobertura de internet de determinado lugar, o Google faz parcerias com operadoras de celular, pois os balões não atuam como provedores, mas como torres de celular flutuantes.
Os balões recebem os sinais e os enviam de volta à Terra, permitindo a cobertura de uma área de até 80 quilômetros. Os usuários do serviço se conectam à rede de balões usando uma antena especial de internet ligada à residência.
ATÉ CEM DIAS
Os objetos voadores possuem componentes que são alimentados por energia solar e podem ficar na estratosfera por até cem dias.
Depois, o projeto do Google fica responsável por pousá-los, o que exige um direcionamento dos balões para áreas remotas e coordenação da descida, a partir do controle do tráfego aéreo.
A ideia, segundo a multinacional americana, é levar o acesso à internet para áreas remotas e rurais com cobertura insuficiente, melhorando a comunicação durante catástrofes naturais.
O projeto teve início, oficialmente, em 2013, nos Estados Unidos. No Brasil, o Google fez os primeiros testes de acesso à internet via balão em 2014, no Piauí.
Com informações do Pô Auriflama