Os três funcionários de uma rede de postos de combustíveis, presos em flagrante ontem por receptação, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça durante audiência de custódia, nesta quarta-feira (6).
Um gerente, um motorista e um frentista foram encaminhados para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Independência. O advogado criminalista Jair Moura, que defende o trio, disse que vai recorrer da decisão.
As prisões ocorreram em uma investigação da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araçatuba, com apoio do GOE (Grupo de Operações Especiais), após o roubo de um caminhão tanque com 15 mil litros de etanol.
O crime foi praticado na segunda-feira (4), em Guararapes. O motorista ficou de refém de assaltantes e o caminhão foi abandonado em Piacatu.
Investigação da DIG resultou em cumprimento de mandados de busca em um posto da rede, em Araçatuba, e outro em Santópolis do Aguapeí.
Em Santópolis, vídeo do circuito de segurança do estabelecimento mostra o caminhão roubado depositando combustível no reservatório do posto. No local, o gerente e um motorista foram presos em flagrante.
Um frentista que trabalha no posto de Araçatuba foi interpelado pelos policiais e teria admitido ter conhecimento da irregularidade. Ele também foi preso pelo mesmo crime.
A ação foi acompanhada por fiscais da Secretaria de Fazenda do Estado. Em Araçatuba, não foi encontrada nenhuma irregularidade na documentação e nas notas fiscais. Após a ação da polícia, o posto, que fica na avenida dos Araçás com a rua Silva Grota, foi reaberto.
Em Santópolis do Aguapeí, os fiscais e policiais constaram que havia cerca de 15 mil litros a mais de combustíveis não declarados no reservatório do estabelecimento.
A Polícia Civil constatou que o excedente é o produto roubado. O posto foi lacrado para investigação. O proprietário da rede, que seria de Osasco (SP), não apareceu para prestar esclarecimentos.
O empresário foi identificado, qualificado na ocorrência e está sendo investigado.
OUTRO LADO
O advogado Jair Moura disse ao Regional Press que vai entrar ainda hoje com pedido de revogação da prisão preventiva dos três presos. “Eles são primários, têm residência fixa no distrito da culpa, exercem atividade lícita e a prisão preventiva é em último caso”, disse o criminalista.
“Eles não são proprietários do estabelecimento e não tinham conhecimento da origem do produto, não tiveram lucro com isso e apenas cumpriram ordem de trabalho”. O advogado também disse que estuda solicitar à Justiça pagamento de fiança para que os indiciados respondam em liberdade.