Uma auxiliar de limpeza de 45 anos vive um drama em sua história, que daria até enredo de um filme. Ela teve a casa destruída por um incêndio provocado pela própria filha, perdeu tudo e agora está sendo ameaçada de morte pela filha e pelo genro. Passados três meses do incêndio a mulher ainda não conseguiu recuperar os móveis e roupas que perdeu.
Em entrevista ao Regional Press, a mulher, que pediu para não ser identificada, conta sua história e o drama que está vivendo. Ela disse que foi contemplada com uma casa do Porto Real, e com muito esforço foi construída uma edícula nos fundos, onde ela deixou a filha e o genro morando.
O casal ficaria responsável apenas pela conta de água. No entanto, quando ela foi ver o extrato, percebeu que havia uma dívida de mais de R$ 1.500 em contas atrasadas de água. Sem ter recursos para quitar, questionou a filha e o genro, e a cobrança gerou desentendimento familiar e o casal disse que iria embora.
A edícula foi desocupada e a auxiliar de limpeza pegou todos os seus móveis e pertences e mudou para a edícula. O filho e a nora, que está grávida, também foram para a casa dos fundos. O objetivo era alugar a casa da frente e usar o dinheiro do aluguel para pagar a conta de água.
No dia da mudança, 28 de outubro de 2018, todos estavam na casa dos fundos quando a filha da vítima chegou com o genro. Houve uma discussão e segundo a auxiliar de limpeza, o casal ateou fogo na edícula. Em seguida o genro dela, que estava armado com uma faca, tentou esfaqueá-la, e acidentalmente acabou atingindo a própria esposa, filha da vítima.
Na época surgiu inclusive o comentário de que o autor das facadas teria sido o filho da auxiliar de limpeza. Atualmente a filha e o genro passam no local de trabalho da vítima para fazer ameaças.
DRAMA
A mulher lembra que perdeu exatamente tudo com o incêndio, móveis, roupas e inclusive parte do enxoval de sua nora que já estava comprado. Até hoje ela não conseguiu recuperar os móveis e a nora ainda não montou o novo enxoval, cujo bebê, um menino, vai nascer em março.
Ela disse que está precisando de madeiramento e 18 telhas Eternit de 2,44 x 0,50 (que são mais em conta) para poder cobrir a casa. Também necessita de roupas e móveis. Ela só não perdeu a geladeira e a máquina de lavar porque no dia do incêndio, não havia levado para a casa dos fundos.
Ela trabalha como auxiliar de limpeza e mora com o filho e a nora, que estão desempregados. O filho as vezes trabalha fazendo bicos.
DOAÇÕES
As doações podem ser feitas diretamente na casa da vítima, na rua Pedro Moreno, 1013, bairro Porto Real.
DENÚNCIA
Ela contou que a filha, além das ameaças de morte por conta do processo que está correndo na Justiça devido ao incêndio criminoso, recentemente a denunciou para a polícia, dizendo que ela estava vendendo drogas em seu local de trabalho, o que acabou gerando uma abordagem em local público. A mulher conta que vem vivendo um drama em sua vida que parece não ter fim.
A Polícia Civil vai investigar o caso e a filha e o genro da vítima poderão ser indiciados por violência doméstica, coação no curso do processo e ameaça, além de outros crimes ocorridos no dia do incêndio criminoso.
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