Morreu na noite desta quarta-feira (20), na Santa Casa de Araçatuba, a mulher de 38 anos que tinha leishmaniose visceral. É o primeiro óbito no município por causa da doença no ano. A vítima morava no Jardim Umuarama, zona leste da cidade.
A paciente foi encaminhada para o hospital depois de buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). A suspeita, inicialmente, era de dengue hemorrágica, mas foi descartada após a realização de exames.
Dias depois, descobriu-se que a mulher tinha contraído leishmaniose. A Vigilância Epidemiológica confirmou o caso no dia 12 deste mês. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, o seu quadro era estável, mas não havia previsão de alta.
BLOQUEIO
Em casos de confirmação da doença, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza bloqueio, em um raio de 200 metros ao redor da casa, com a coleta de sangue de todo os cães para a realização de exames.
Além disso, agentes de controle de endemia fazem o manejo ambiental em um raio de 400 metro da residência do paciente.
O trabalho consiste na orientação aos moradores e na retirada de materiais orgânicos, como restos de folhas e frutas, onde o mosquito-palha, transmissor da doença, pode se reproduzir.
SINTOMAS
O mosquito-palha se contamina picando um cão doente, podendo retransmitir para outro cão e seres humanos. Os sintomas da doença são febre e aumento do baço. Pode ocorrer também sangramento nasal.
No ano passado, Araçatuba registrou 15 casos de leishmaniose e três óbitos por causa da doença. Em 2019, apenas um caso foi confirmado, com um óbito.