O júri popular de Emerson de Barros Lins, conhecido como Miojo, acusado de estuprar e matar a jovem Paola Bulgarelli em 2015, em Araçatuba (SP), não vai mais ocorrer em 6 de fevereiro, como estava marcado.
A pedido da defesa e com concordância do Ministério Público, a Justiça suspendeu o julgamento para que o réu seja submetido a avaliação médico-legal a fim de se apurar sua sanidade mental ou eventual dependência toxicológica. Com a decisão, o processo foi suspenso por enquanto.
A defesa do réu alegou que há dúvida substancial sobre sua integridade mental, subsistindo nos autos de que é inimputável, isto é, incapaz de entender o caráter ilícito de sua ação no momento do crime.
Segundo a Justiça, a existência do laudo será essencial para esclarecer eventuais dúvidas que possam surgir aos jurados durante o tribunal do júri.
O julgamento do réu era para ter ocorrido no ano passado, mas foi remarcado em razão de troca do advogado do réu.
Agora, com a nova suspensão para o exame de sanidade mental, o júri não tem data para ocorrer. Mas, tudo indica que o julgamento deve ser remarcado para este ano ainda. No caso, os jurados devem considerar o resultado do laudo, sendo positivo ou negativo.
O CRIME
Paola foi estuprada, morta e jogada em rio em junho de 2015. A vítima, então com 20 anos, saiu de casa para ir à lanchonete onde trabalhava e não foi mais vista. Uma semana depois o corpo dela foi encontrado em um rio em Araçatuba.
O acusado confessou o crime à polícia e está preso desde então. Ele foi denunciado por homicídio, estupro, furto e ocultação de cadáver.
Segundo a Justiça, se condenado por todos os crimes, pode pegar 30 anos de prisão.
Um dia depois do enterro da vítima, o suspeito do crime, que tinha 20 anos na época, foi encontrado escondido na casa de parentes em Castilho (SP).
Segundo a família, o suspeito chegou a ir ao velório de Paola. Ele confessou que estuprou e matou a vítima.