A Justiça de Birigui decretou a prisão preventiva do empresário Walter André Gomes Neto, dono da rede de postos W, que tem unidades em Araçatuba e Santópolis do Aguapeí. O pedido foi feito pela Polícia Civil, com concordância do Ministério Público.
O empresário, que é de Osasco (SP), é considerado foragido. A investigação começou com o roubo de uma caminhão com cerca de 15 mil litros de etanol. O crime ocorreu no começo do mês em Guararapes.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araçatuba apurou que o combustível roubado havia sido levado para o posto do empresário em Santópolis.
Um dia após o crime, investigadores da DIG e do GOE (Grupo de Operações Especiais) de Araçatuba cumpriram mandados de busca nos postos da rede na região. Na ocasião, um frentista, que trabalhava em Araçatuba, um motorista da rede e o gerente da unidade de Santópolis foram presos em flagrante por receptação. O empresário não foi localizado. Os funcionários admitiram que sabiam da origem ilícita do produto.
A Polícia Civil concluiu o inquérito e representou pela prisão do empresário, o que foi acatado na quinta-feira passada (14). A Justiça também decretou a prisão preventiva (por tempo indeterminado) dos três presos em flagrante. O trio permanece no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Independência.
De acordo com a Justiça, pela análise das provas colhidas na fase policial, restou apurado de que há indícios de que o empresário Walter André Gomes Neto seja receptador habitual de combustíveis e que utiliza sua rede de postos para cometer delitos desta natureza.
“Mantendo o réu em liberdade poderia ele facilmente se esquivar da aplicação da lei penal, tendo em vista que sua conduta demostra hierarquia e comando sobre a atividade dos demais agentes, os quais estão custodiados”, escreveu o juiz ao decretar a prisão do empresário com base no crime de receptação qualificada.
OUTRO LADO
O advogado criminalista Jair Moura, que defende o empresário, disse ao Regional Press que vai entrar com pedido de revogação da prisão preventiva. “Vou pedir que seja arbitrada fiança, pois o crime que lhe é imputado permite recolhimento de fiança”, disse o advogado.
“Subsidiariamente será impetrado habeas corpus para o Tribunal de Justiça, pela falta de fundamentação válida para a decretação da prisão preventiva, havendo somente ilações abstratas acerca da gravidade do delito, desta forma, a prisão preventiva está sendo usada como antecipação de eventual pena o que, obviamente, é inadmissível”, considerou o advogado. Moura disse que o seu cliente deve se apresentar à Justiça nos próximos dias.
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