A partir do próximo dia 11, as 21 concessionárias de rodovias paulistas iniciam ações integradas ao Programa Estadual de Combate à Dengue. O ponto alto da campanha será no dia 13, com a organização de um mutirão para recolher lixo e eliminar focos de larvas do mosquito da dengue, zika e chikungunya ao longo das rodovias.
Entre os dias 11 e 17, nos 8,4 mil quilômetros de rodovias que alcançam 272 municípios, serão distribuídos folhetos educativos da campanha nas praças de pedágio e, ao longo das rodovias, os letreiros eletrônicos trarão frases orientando sobre o combate ao mosquito da dengue.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, no mês de janeiro foram registrados 4.595 casos confirmados de dengue, sendo que dez cidades concentram 77,4% dos casos de dengue confirmados e somam 3.507 casos. A campanha nas rodovias concedidas é coordenada pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e será reforçada com posts informativos nas redes sociais.
As concessionárias já têm equipes que fazem o trabalho de recolhimento de detritos nas rodovias regularmente – em 2018 foram retiradas 20,5 mil toneladas além de outros 14, mil m³ de lixo das rodovias.
Com o mutirão incentivado pela Artesp, o trabalho será intensificado para eliminar possíveis criadouros do mosquito e também conscientizar os usuários das rodovias sobre o descarte irregular de lixo na estrada. Serão mobilizados voluntários de todas as áreas das concessionárias para ampliar o alcance da operação.
No último mutirão da Dengue organizado pela Artesp em parceria com as concessionárias foram recolhidas 50 toneladas de lixo.
Além de formar focos de larvas do mosquito da dengue, o descarte de lixo nas rodovias também acarreta problemas de segurança viária. Os materiais mais recolhidos são papel, garrafas plásticas, latas de alumínio e restos de pneus.
Mas há também restos de móveis como sofás, mesas, cadeiras e até geladeiras velhas, além de resíduos de construção civil, entre outros materiais.
Segurança
Os materiais e resíduos abandonados nas rodovias podem entupir o sistema de drenagem das pistas, chegando a causar danos estruturais. Caso sejam carregados diretamente para os corpos d’água mais próximos da via, também podem provocar a poluição de áreas de preservação ambiental.
Além disso, podem acumular água se tornando locais ideais para proliferação de outros vetores além de mosquitos como pulgas e moscas. Quando nas pistas, os resíduos podem provocar, inclusive, acidentes rodoviários, por isso a importância de realizar constantes campanhas e ações de conscientização ao longo de todo o ano.