O uso da tecnologia para facilitar a vida das pessoas tem chegado a áreas cada vez mais abrangentes com a aplicação da chamada Internet das Coisas (IOT). Mas quando essa aplicação se dedica a salvar vidas, sua importância vai além da simples praticidade.
Foi com esse intuito que estudantes do curso de tecnologia em Mecatrônica Industrial da Faculdade de Tecnologia (Fatec) Mogi Mirim criaram um capacete inteligente capaz de identificar a queda de motociclistas e acionar socorro.
O Capacete IOT, nome que faz referência ao uso da Internet das Coisas para o desenvolvimento do projeto, foi um dos vencedores da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps) 2018.
A ideia dos criadores é oferecer mais segurança e socorro imediato para motociclistas envolvidos em acidentes. Antes de desenvolver o produto, os alunos Glebson Francisco e Kleython Rodrigues fizeram uma pesquisa com socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para identificar os problemas encontrados pelo serviço no atendimento de feridos em acidentes.
O desenvolvimento do Capacete IOT teve como foco ampliar o índice de socorro na chamada Hora de Ouro, período logo após os acidentes em que se concentram as maiores chances de cura para casos críticos, uma vez que a demora em contatar o serviço de emergência e em localizar as vítimas aumenta a fatalidade dos acidentes.
Inovação
O diferencial do capacete é a junção de mecanismos que permitem o monitoramento dos movimentos do piloto da moto. O equipamento possui giroscópio, acelerômetro, GPS, sensores e comunicação com a rede de celulares.
“O capacete concentra um sistema de software e hardware capaz de adquirir informações em tempo real acerca do condutor, de modo a detectar situações fora do padrão”, explica o professor Eliandro Rezende da Silva, um dos orientadores do projeto. “Os sensores presentes na peça detectam desaceleração abrupta e rotação do capacete, ligando um sistema de alerta.”
Ao constatar um acidente, o mecanismo dispara um alarme sonoro. Para evitar que serviços de socorro sejam acionados sem necessidade, o usuário tem 30 segundos, a partir do alarme, para pressionar o botão “estou bem” e cancelar a comunicação de emergência.
Os criadores do Capacete IOT estão em fase de pedido de registro de patente, para então buscarem parcerias com fábricas e lojas da região de Campinas e expandir o negócio.
Confira o vídeo elaborado pelos alunos que explica o funcionamento da peça: