Quatro escolas municipais foram furtadas nos últimos 30 dias em Araçatuba. O último caso ocorreu nesta quinta-feira (24), no Porto Real 1, onde materiais escolares que seriam distribuídos aos alunos foram destruídos.
Os furtos ocorreram após o término do contrato da Prefeitura, no dia 21 de dezembro, com a empresa que fazia o monitoramento de alarmes nas 74 escolas municipais do município.
Na maioria dos casos, os prejuízos são em decorrência de ações de vandalismo, como esvaziamento de extintores, quebra de vidros, produtos da merenda espalhados, dentre outros. Mas há também ocorrências de furto de materiais, como fios de cobre, alimentos e até torneiras.
CASOS
O caso mais recente foi na tarde desta quinta-feira (24), na escola Professora Leila Cristina de Freitas Machado, no bairro Porto Real 1, onde os bandidos destruíram massas de modelar e lápis de escrever que seriam entregues às crianças no início das aulas.
O caso revoltou os pais que têm filhos estudando no local. “É muito triste, porque muitas famílias não têm condições de comprar materiais escolares. Eu fiquei na expectativa e quando soube do que aconteceu fiquei triste por saber que tem pessoas tão maldosas”, afirmou Patrícia Rodrigues.
Na Escola Municipal Mário de Moura, no Jardim Concórdia (foto abaixo), ladrões pularam o alambrado e invadiram a escola na madrugada do dia seis de janeiro, levando cinco torneiras.
No bairro Verde Parque, a escola Professora Lourdes Regina de Souza também foi alvo de criminosos. Eles arrombaram a porta da cozinha e levaram mangueira de incêndio, duas torneiras e alimentos, além de danificarem a geladeira.
EM DEZEMBRO
O outro caso aconteceu na Emeb Prof José Machado Neto, localizada no São José, na noite do dia 24 de dezembro. Os bandidos arrombaram o portão da escola, levaram o relógio de energia e fios de cobre.
CONTRATO
A Prefeitura de Araçatuba mantinha contrato de monitoramento de alarme com a empresa Columbia desde 2014, mas venceu no dia 21 de dezembro. O valor desembolsado pelo município era de R$ 80 mil mensais.
Conforme a Prefeitura, o contrato não foi renovado porque atingiu o limite máximo de renovações que a lei permite.
O município descarta que as ocorrências tenham relação com a suspensão do serviço de segurança e justifica afirmando que, das três escolas furtadas em 2019, duas contavam com os equipamentos de alarmes, “o que comprova que o alarme não coíbe os furtos”, afirmou o governo municipal.
SUSPENSO
No entanto, conforme a Columbia, embora os alarmes ainda estejam presentes em algumas escolas (a empresa tem prazo de 90 dias para retirar os equipamentos), o serviço completar do monitoramento estava suspenso desde o término do contrato, em 21 de dezembro.
E foi justamente após isso que as ocorrências de furto tiveram início – a primeira ocorreu em 24 de dezembro do ano passado.
O serviço complementar consistia em monitorar, por meio de um software, os disparos dos alarmes nas escolas e avisar a guarda municipal, por telefone, internet e via GPS. Os guardas, então, se dirigiam ao local indicado.
EM 2018
A Prefeitura informou que, em 2018, ocorreram 15 furtos em escolas municipais. “Nós constatamos que os alarmes não foram suficientes e por isso optamos por incluir câmeras de segurança na licitação que está em tramitação e assim melhorar a segurança nas escolas”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.
O município, no entanto, não informou quando a segurança das escolas estará reforçada para coibir novos furtos.