O número de casos positivos de dengue em Birigui diminuiu em mais de 99% no intervalo de três anos, conforme balanço divulgado pela Vigilância Epidemiológica. Mesmo com a queda, a Secretaria de Saúde alerta para a necessidade de se manter diariamente as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti no município.
No ano passado foram registrados apenas 29 casos positivos de dengue – ainda há nove em investigação -, sem mortes. Esse montante corresponde a uma redução de 99,39% em relação a 2016, ano em que a cidade viveu uma epidemia da doença com 4.762 pessoas infectadas com a doença e dois óbitos. Já em 2017 foram confirmados 88 casos, sem mortes.
Com relação ao zika vírus, Birigui não registrou casos em 2017 e 2018. A única vez que houve registro dessa doença foi em 2016, com 22 casos no total. Casos de chikungunya só foram registrados em 2017: seis no total. A cidade não contabilizou nos últimos anos casos de febre amarela, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
A queda dos casos está atrelada ao trabalho intenso realizado pelas equipes de agentes comunitários de saúde e os agentes de combate a endemias com as visitas casa a casa, divulgação de materiais informativos, arrastões, bloqueios de criadouros, nebulizações e atividades educativas desenvolvidas durante todo o ano. O apoio da população também foi um fator importante.
A educadora de saúde do CCVZ (Centro de Controle de Vetores e Zoonoses) Rosilene Montanholi lembra que quando a situação epidemiológica se mantém controlada, o município consegue economizar milhões com insumos, medicamentos, leitos em hospital, profissionais, entre outros gastos que uma epidemia gera para a cidade.
CUIDADOS REDOBRADOS
Mesmo com a queda de casos de dengue, a população precisa continuar vigilante em casa para não permitir a procriação do mosquito. “Cidades da região vivem uma epidemia de dengue, com casos de óbitos. A identificação de novo tipo de vírus circulante, o tipo 2, deixa o nosso município em alerta”, afirmou a diretora da Vigilância Epidemiológica, Mauricéia Bruna Alves Gonçalves. Por isso, os trabalhos de combate ao mosquito continuam intensos.
A educadora de saúde explica que o mosquito tem ficado cada vez mais resistente aos inseticidas e ao clima. Ela lembra também que uma única fêmea infectada pode gerar cerca de 1,5 mil novos mosquitos, todos infectados. Já os ovos podem durar até dois anos e meio em recipientes secos, bastando água para nascer as larvas.
“Nunca podemos baixar a guarda com mosquito. A Secretaria de Saúde não medirá esforços para combater o Aedes. E contamos com a ajuda de todos os munícipes nesta luta, deixando os agentes entrarem em suas casas para fazer a visita e, assim, auxiliá-los na eliminação de possíveis criadouros”, disse Rosilene, ao citar que neste ano já há oito casos positivos de dengue na cidade.
Portanto, é necessário ficar atento a água parada nos ralos internos e externos das casas. Os pratos de plantas devem ser completados com areia ou furados para não acumular água e os bebedouros de animais de estimação devem ser sempre escovados. Nas bandejas de geladeiras é preciso colocar detergente ou sabão em pó, além de realizar a limpeza regular das calhas.