O prefeito Dilador Borges (PSDB) sofreu, nesta sexta-feira (25), uma derrota esmagadora durante as eleições para a presidência do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, na sede da Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Alta Noroeste (Aean).
Quinze prefeitos da região participaram da escolha da presidência do Comitê. Candidato à reeleição, ele perdeu por 12 votos a 3 para a prefeita Gisele Tonchis (DEM), de Lourdes, município de 2,2 mil habitantes. O mandato é de dois anos.
Segundo informações de bastidores, Dilador se negou a fazer uma composição e insistiu que a votação fosse aberta.
A maioria dos integrantes do comitê, composto por prefeitos e sociedade civil, no entanto, optou por votação secreta, o que acabou influenciando no resultado da eleição.
O ex-prefeito de Bilac José Roberto Rebelato foi eleito vice-presidente do Comitê.
RECURSOS
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê recebe recursos da ordem de R$ 12 milhões por ano, do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), que são utilizados para a execução de projetos que garantam a proteção aos recursos naturais renováveis, principalmente a água.
A presidente eleita do Comitê, prefeita Giselly Tonchis, disse que entre seus planos de gestão está em manter uma comissão técnica, dentro do próprio comitê, para orientar os municípios menores no desenvolvimento de projetos.
“Os pequenos têm dificuldade porque não tem técnicos para montar projetos para competir com os grandes municípios. Isso acaba dificultando o acesso deles às verbas do Fehidro”, destacou.
Outra ideia da prefeita de Lourdes é incluir a energia fotovoltaica nos projetos do Comitê, garantindo a produção de energia de maneira sustentável.
Além de prefeitos, o Comitê é formado ainda por integrantes da sociedade civil representados por ONGs, associações, clubes de serviços e universidades.