Andradina vem agindo com o rigor da lei, endurecendo as ações na fiscalização aos ambulantes. Na última segunda-feira (21), uma equipe da Polícia Militar apreendeu durante ação diversos materiais que eram vendidos no comércio irregularmente.
O ambulante foi flagrado portando 21 cobertores, 11 mantas, 3 toalhas de mesa, 13 redes, 21 tapetes, 16 cintos, 2 caixas de som, 25 carteiras, 7 canivetes e 2 barbeadores. Todos os produtos foram aprendidos na prefeitura, onde o vendedor ambulante poderá recuperar depois que cumprir com as exigências que constam no código de postura.
A fiscalização do comércio ambulante não é recente em Andradina. Desde que assumiu, em 2017, a municipalidade expressa sua preocupação com o assunto, e a administração não tem medido esforços para coibir esta prática que prejudica os comerciantes locais.
Quem aprovou a ação da PM é o presidente da ACIC de Castilho, Roni Paparazzi, que sonha com Castilho sendo atingida da mesma forma. “Em nossa cidade merecemos mais respeito. São diversos ambulantes que passam na nossa casa oferecendo produtos, usando desculpas que o caminhão quebrou, mas estão é causando danos às empresas locais”, afirmou.
Enquanto em Castilho os ambulantes invadem a cidade, recolhem taxas que variam de R$ 19 até 32, com preço baixo e ainda causam danos ao comércio local, Roni Paparazzi demonstra claramente sua insatisfação com o comércio clandestino e destaca seus efeitos para a economia da cidade, uma vez que um ambulante irregular não paga nenhum tributo. “Todos os finais de semana eu ando pela cidade e vejo ambulantes de outros municípios vindo aqui vender seus produtos. Eles vêm, não pagam imposto, tiram a oportunidade de nossos comerciantes regularizados venderem e até influenciam no número de empregos, pois vendendo menos, as lojas deixam de contratar e correm o risco de ter que mandar funcionários embora. Temos que impedir isso”, complementou Roni.
A prova de tudo que Roni Paparazzi comenta está documentada por fotos. A primeira infração que ACIC encontrou foi dois vendedores de panelas que atravancam a passagem de pedestres.
“São vários flagrantes de vendedores ambulantes em Castilho, agindo livremente e acreditando na impunidade. “Se perguntar para todos os ambulantes aqui, ninguém tem o Alvará e não pagou taxa alguma. Eu não tô nem aí…” vangloria-se um ambulante que não quis se identificar”.
Outra irregularidade é um caminhão com placas de outro estado, cheio de tapetes e plantas que chega a cidade e fica na saída, usam uma área verde para estender seus produtos como se fosse uma feira livre.
Em outro ponto da cidade, pela Avenida Dr. Getúlio Vargas, um caminhão de chocolate, cujo motorista que diz estar quebrado, utiliza duas faixas levando a seguinte frase: “chocolate direto da fábrica”. Neste caso ele traz até uma motocicleta para realizar o carro de som.
Indagado a respeito, o proprietário do caminhão diz que o caminhão está parado ali porque “está quebrado”. Não se viu nenhuma movimentação de mecânicos, e apenas duas faixas promocionais da venda de chocolates e até mesmo uma motocicleta que faz propaganda volante na rua.
Na Avenida Samira Zar, próximo ao Pelotão da Polícia Ambiental, encontram-se diversas cadeiras para vendas e placas demonstrando que parcela no cartão em até 3 vezes. Na rua Osório Junqueira, o coração comercial da cidade, observa-se o baile dos ambulantes nas proximidades da lotérica, com grande fluxo de pessoas, Roni uma mulher vendendo goiaba dentro de uma carriola sem a menor cerimônia. “Nunca vi nenhum fiscal aqui…” vangloria-se a mulher.
Outro casal vende uva usando da mesma ferramenta. “Quem invade a cidade também são os vendedores de carteira que ficam no centro e na frente de agências bancárias.” Pelas ruas ainda se encontram os vendedores de vassoura, rodo e pá. Na rua José Manoel de Ângelo, um carro vem vender melancias.
Para o Presidente da ACIC, com todos esses registros, fica demonstrado que Castilho tem que combater esse comércio informal com mais firmeza, e que isso representa uma luta continuada. Fica demonstrado que Castilho precisa dizer não aos ambulantes, observem por cada foto como isso afeta nossos comerciantes, que tem funcionários, energia, aluguel para pagar todo mês. Isso é uma injustiça, que precisa ser combatida. Vamos cuidar da nossa cidade, que está sendo saqueada diariamente por inúmeros vendedores ambulantes”, reafirma.
“Os governos, principalmente o município, deixam de arrecadar uma parcela significativa de tributos com o comércio ilegal. Todo mundo sai prejudicado, inclusive o comerciante e o consumidor que acaba adquirindo um produto sem qualidade e quando se tratam de alimentos, correm graves riscos à saúde, já que não passam pela fiscalização da vigilância sanitária. Essa falta de controle potencializa a concorrência desleal. É preciso dar um basta nesta situação o mais rápido possível.
OPORTUNIDADE
Roni sugere que os ambulantes podem fazer uso do comércio em dias de feiras como da quarta da feirinha na Praça da Matriz e aos domingos na rua Julio Gudrin, “são dois dias para eles trabalharem sem atrapalhar o nosso comércio, é uma sugestão para dar um basta”.