O líder comunitário Damião Brito está recolhendo assinaturas de moradores do Águas Claras e Verde Parque para a instalação de um ecoponto próximo a estes bairros, para o descarte de entulho, restos de poda e de capina, restos de construção, além de móveis, colchões e eletrodomésticos velhos.
O argumento é que não há um local para o descarte de materiais inservíveis nas proximidades, o que leva os cerca de 5 mil moradores destes bairros a depositarem os resíduos em áreas impróprias e até nas ruas.
“Os ecopontos são necessários para regularizar e disciplinar a coleta de pequenos resíduos, evitando a proliferação de escorpiões e de outros animais peçonhentos”, afirma Brito.
O ecoponto mais próximo do Águas Claras, por exemplo, fica no São José, a cerca de quatro quilômetros de distância.
Além do São José, o município possui ecopontos no Lago Azul e no Claudionor Cinti. Está prevista, ainda, a inauguração de um novo ponto de descarte próximo ao antigo Country Club. No entanto, todos estão distantes do Águas Claras e Verde Parque.
A ideia, segundo o líder comunitário, é recolher as assinaturas dos moradores e encaminhar à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade para discutir a possibilidade da instalação de um local para o descarte correto de resíduos.
A localização do ecoponto seria escolhida em conjunto pelos moradores e município.
ESQUINAS SUJAS
A maioria das esquinas do Águas Claras está lotada de lixo. Geralmente, o descarte é feito à noite. As ruas recebem toda sorte de resíduos, como entulho, resto de árvore, animal morto, sofá, guarda-roupa, cama e pneu.
A quantidade de resíduos depositada nas vias é tão grande que chegou a deixar intransitável algumas ruas do bairro, segundo o líder comunitário.
Uma delas é a José Maurício de Souza. “Tinha tanto lixo lá que só passava um carro por vez”, descreveu.
Recentemente, a Prefeitura fez uma limpeza no bairro e retirou quatro caminhões de lixo descartado irregularmente.
FISCALIZAÇÃO
O município intensificou a fiscalização e já flagrou mais de 60 descartes irregulares.
O trabalho é feito pela Guarda Municipal, que avalia as ocorrências que caracterizam crime ambiental e depois encaminha à Polícia Civil e ao Ministério Público.
Mesmo que o descarte não seja caracterizado como crime ambiental, a prática é passível de multa, de acordo com o Código Municipal de Postura.