Moradores do entorno da praça São Joaquim, região central de Araçatuba, estão enfrentando problemas com andarilhos que vem ocupando o espaço e causando desordens, além de afugentar pedestres que precisam passar pelo local e acabam tendo de desviar devido à presença destes moradores de rua, que passam o dia ingerindo bebidas alcoólicas e causando tumulto, além de insultar moradores e transeuntes. Neste domingo um desentendimento acabou virando ameaça e o caso foi parar na delegacia.
Uma enfermeira de 44 anos que mora no local foi ameaçada por uma andarilha com uma faca, depois que ela pediu que os andarilhos parassem com a baderna e uma briga entre eles. A vítima conta que seu pai tem 69 anos e tem problemas cardíacos. O idoso não estava conseguindo descansar e segundo a moradora, o barulho e a baderna são constantes. A mulher reclama ainda que a prefeitura não tem feito nada para coibir a ação dos andarilhos que já tomaram conta da praça.
Na manhã deste domingo, devido ao barulho excessivo, ela abriu a janela da casa e pediu para que parassem com o barulho. Uma andarilha pegou uma faca e passou a ameaçar a moradora de morte. Depois pegou uma pedra e disse que iria danificar o carro dela.
A Polícia Militar foi acionada e os cabos PM Ortega e Luís foram atender a ocorrência. Ao chegar no local, a andarilha negou que tivesse a faca. A moradora apontou um local onde ela poderia ter escondido o objeto e os policiais acabaram localizando. A andarilha, de 34 anos, disse que havia acontecido uma discussão entre os moradores de rua.
Ela foi detida e como estava exaltada, teve de ser algemada. A acusada foi levada ao plantão policial onde prestou depoimento e acabou sendo liberada. A mulher voltou em frente à casa da enfermeira e passou a insultá-la, mostrando cópia do b.o. e fazendo uma afronta para mostrar que já estava na rua.
A moradora está indignada, diz que a Prefeitura não tem realizado trabalho para acabar com a aglomeração de moradores de rua no local. Os guardas quando são chamados e comparecem, mas a aglomeração de mendigos no local nunca acaba, e as vezes até aumenta. Neste domingo são mais de 30, inclusive fazendo coberturas improvisadas e colocando colchão de casal sobre o gramado. Ela disse que sempre teve o hábito de levar a filha de 12 anos a pé para a escola, mas agora, com as ameaças, mesmo sendo perto, terá que sair apenas de carro.
Sem liberdade devido às ameaças e a presença dos moradores de rua, ela reclama que, mesmo morando em frente a uma praça, a filha precisa ficar trancada dentro de casa. Ela disse que na manhã desta segunda-feira vai pessoalmente na prefeitura tentar expor o caso ao prefeito Dilador Borges, e pedir uma providência urgente para o caso.