A Justiça autorizou, nesta quinta-feira (13), a devolução da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ao motorista do Mustang que matou um comerciante, de 69 anos, em Araçatuba (SP), em março de 2016.
Além do direito de dirigir, a Justiça também concordou com a devolução do carro esportivo ao motorista e o autorizou a se ausentar de Birigui (SP), cidade onde mora, desde que a Justiça seja informada com antecedência.
Luciano Justo continua obrigado a comparecer a todas as fases do processo que responde pela morte do idoso e de não frequentar bares ou estabelecimentos onde há consumo de bebida alcoólica.
A mulher do empresário, Tatiane Stabile Escanhuela Justo, é acusada por adulterar as provas do crime junto de Washington Luis Moraes, primo de Luciano.
O promotor de Justiça do caso, Adelmo Pinho, disse que vai recorrer da decisão. A TV TEM não conseguiu entrar em contato com a defesa do réu.
O acidente
O empresário dirigia um Mustang pela avenida Brasília quando atingiu outro carro que cruzava a via. O outro motorista, Alcides José Domingues, de 69 anos, morreu no local.
O impacto da batida foi tão forte que o carro da vítima foi jogado no canteiro central da avenida. Depois da colisão no carro do comerciante, o Mustang ainda bateu em um poste.
Segundo a Polícia Civil, a perícia apontou que o empresário estava a pelo menos 140 km/h, onde o máximo permitido é 60 km/h. Na denúncia do Ministério Público consta que ele tinha bebido antes do acidente. Caso a hipótese seja confirmada, o acusado pode ir à júri popular.
As câmeras de segurança de um posto de combustíveis registraram o acidente. Nas imagens é possível ver o carro esportivo passando pela avenida em uma velocidade bem maior do que a dos outros veículos da via. Em outra imagem, dá para perceber o momento da batida. Funcionários do posto saem correndo para ver o que aconteceu.