O Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu uma mulher que havia sido condenada pela Justiça de Araçatuba a 1 ano e 8 meses de detenção por crime de tráfico de drogas.
Ela havia sido presa em flagrante em fevereiro de 2016 em uma chácara onde a polícia encontrou cerca de 60 quilos de maconha. Os tabletes estavam em um tambor.
J.G.S., hoje com 35 anos, foi presa e encaminhada para uma cadeia da região. Grávida à época, ela teve o seu sexto filho na cadeia. Em depoimento durante a ação penal, a mulher negou saber sobre a existência da droga no meio do mato na chácara.
Agnaldo da Silva, companheiro da mulher, foi condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão e Danilo Tiago de Queiroz foi sentenciado a 6 anos e 6 meses.
Ambos foram presos no dia do encontro da droga na propriedade, que fica nas proximidades da rodovia Marechal Rondon (SP-300).
Em maio de 2017, a Justiça de Araçatuba concedeu a liberdade a J. após pedido feito por seu advogado, o criminalista Flávio Batistella, com base na tese de inocência da acusada e pelo fato de o caso se assemelhar ao de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que conseguiu deixar a prisão para cuidar de dois filhos pequenos em casa, uma vez que o marido também estava preso.
Mesmo em liberdade, J.G.S. foi sentenciada por tráfico de drogas na 1ª instância. Inconformado, o advogado de defesa da mulher recorreu ao Tribunal de Justiça, assim como fez o Ministério Público para que as penas dos condenados fossem aumentadas.
A decisão coube a 15ª Câmara de Direito Criminal e o julgamento dos recursos ocorreu na quinta-feira da semana passada, dia 29 de novembro.
Os desembargadores aumentaram as penas dos dois presos e absolveram J.G.S. do crime de tráfico de drogas.
A mulher, que mora em Araçatuba com os seis filhos, comemorou a decisão.
O advogado dela, Flávio Batistella, disse que sempre confiou na Justiça. “Eu sempre tive certeza da inocência da minha cliente e os nobres desembargadores do Tribunal de Justiça mostraram isso com essa decisão”, disse o criminalista.