A Justiça de Araçatuba (SP) aceitou a denúncia do Ministério Público contra o ex-diretor do Centro de Ressocialização de Araçatuba José Antônio Rodrigues Filho, preso em abril deste ano durante a operação Fura-Fila.
José Antônio é acusado de receber, além de dinheiro, favores sexuais de presos para transferí-los de outras unidades ao CR da cidade, considerado referência no Estado. Outras nove pessoas foram denunciadas no mesmo processo.
O caso foi revelado a partir de uma operação realizada pelo Gaeco, o Grupo de Atuação Especial do Ministério Público que combate o crime organizado.
Na época, o diretor foi preso junto com outras duas pessoas, entre eles, uma advogada. O diretor, acusado de corrupção passiva, continua preso.
O próximo passo da Justiça agora é definir a data da audiência para ouvir testemunhas de acusação e defesa e os próprios réus.
O caso
A investigação começou em maio de 2017. Segundo a investigação do Ministério Público, agentes penitenciários cobravam propina para transferir presos de outras unidades estaduais para o Centro de Ressocialização de Araçatuba, considerada uma unidade modelo no sistema prisional.
Ainda durante as investigações, um agente penitenciário aposentado envolvido no esquema foi preso em flagrante por tráfico de drogas e foram apreendidos 10 quilos de entorpecentes e uma arma de fogo.
Em nota na época, a SAP (Secretaria de Administração Pública) disse que os servidores envolvidos no caso responderão a processo administrativo sujeitos a demissão a bem do serviço público sem prejuízo do inquérito policial. A Secretaria ressalta ainda que repudia tal comportamento que não representa o corpo funcional e as diretrizes da secretaria.
Com informações G1/TV Tem