Eduardo Purkote, de 18 anos, o sétimo suspeito preso por envolvimento na morte do ex-jogador do São Paulo Daniel Freitas, é considerado inocente pelo advogado de defesa, Ricardo Dewes. O irmão gêmeo de Eduardo, tido como testemunha no caso, também esteve na festa. A semelhança entre os dois tem dificultado a polícia a saber quem agrediu o atleta antes de ele morrer. A vítima foi encontrada morta no dia 27 de outubro, em um matagal em São José dos Pinhais (PR).
A versão contada por Edison Brittes, que confessou ter assassinado Daniel, indica que apenas um dos irmãos participou do crime. A mesma história é relatada por outra testemunha, que não soube identificar qual dos irmãos estaria envolvido. Em contrapartida, pelo menos dois suspeitos disseram que os dois agrediram a vítima.
Segundo informações do UOL, outras pessoas que estiveram na festa informaram, em depoimento, que nenhum dos irmãos se envolveu no crime. Para tentar distinguir os gêmeos, a polícia questiona as testemunhas sobre a roupa que eles vestiam no dia ou se fiar no penteado usado na festa.
Quem são os gêmeos
A relação dos irmãos com a política é afiada. A mãe deles é Viviane Purkote Melo, corretora imobiliária de São José dos Pinhais. Ela se candidatou a vereadora pela Rede nas eleições de 2016, mas perrde. O enteado dos jovens é Jairo Melo, vice-prefeito da cidade entre 2009 e 2012, que já foi vereador e secretário. Os meninos são amigos da filha de Edison, Allana Brittes, da época do colégio.
Entenda o caso
O meia Daniel, ex-São Paulo e que estava emprestado ao São Bento, foi encontrado morto em um matagal em São José dos Pinhais, no Paraná, no dia 27 de outubro. Ele foi achado nu, com o pescoço cortado em dois lugares e o pênis decepado. Até o momento, sete pessoas já foram presas. O casal Edison e Cristiana Brittes, além da filha, Allana, serão indiciados por homicídio qualificado e coação de testemunhas pela morte do jogador. Outros quatro jovens, sendo um deles primo de Cristiane, também foram detidos.
O crime foi confessado no dia 1º de novembro. Edison disse que espancou o jogador após flagrá-lo no quarto com sua esposa, na manhã do sábado (27). Daniel estava na casa de “Juninho” por conta da festa de aniversário de Allana. Ao se entregar, no entanto, Edison acusou o atleta de estupro: “Fiz o que fiz para manter a integridade moral e tirei ele de cima dela para evitar que fosse estuprada”. O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan, afirmou que não houve abuso sexual.